O presente trabalho é um relato de experiência vivenciado por meio do estágio supervisionado em gestão, ofertado pelo curso de pedagogia na Universidade Federal de Alagoas. Para a realização deste estágio foi desenvolvido um projeto de intervenção sobre artes, contemplando a sua importância para o processo de desenvolvimento dos sujeitos. Por meio desse projeto, objetivamos criar um espaço de participação e interação dos discentes, estimulando práticas e relações inclusivas, uma vez que as crianças participantes faziam parte de uma turma do 3º ano do ensino fundamental I, sendo esta, uma turma de progressão. Por serem repetentes ou terem dificuldades de aprendizagem, esses educandos estão mais sujeitos a exclusão escolar. São crianças com um grande problema de baixa autoestima, que se denominavam incapazes e impotentes, não reconheciam suas habilidades e potencialidades. Por meio da dança e do desenho livre (linguagens artísticas por elas escolhidas) pudemos estimular a subjetividade de cada uma delas, percebendo no decorrer dos encontros o aumento do entusiasmo, da autoestima e espírito de liderança. Trabalhar arte naquela turma favoreceu o processo de inclusão educacional, levando as crianças a perceberem que na escola existem coisas boas, prazerosas, que só ganham sentido com a participação, doação e habilidades de cada uma.