A discussão acerca da implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) levanta questões importantes para a discussão no campo do Currículo. O documento aponta a necessidade de uma base comum e a sua complementação por uma parte diversificada, onde se ressaltariam as características regionais e locais da sociedade. Assim, a presente proposta de trabalho tem por objetivo problematizar a ideia de conhecimento que embasa uma proposta curricular comum, tensionando com a ideia de uma parte diversificada e seu silenciamento em uma política nacional mais ampla, que a desconsidera em uma avaliação padronizada, a partir do levantamento bibliográfico e documental. Para tal, pretendo discutir como o termo conhecimento vem sendo significado nas teorias curriculares (LOPES e MACEDO, 2011), confrontando a ideia de um conhecimento todo poderoso (comum) e uma parte diversificada, como algo que está fora, que – em minha leitura – é silenciado. Concluo ressaltando as incongruências do discurso que se articula em defesa à diferença ao mesmo movimento que a silencia e a defesa por um currículo sem fundamentos, de acordo com LOPES (2015).