Artigo Anais ABRALIC Internacional

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-157X

POESIA BRASILEIRA DO SÉCULO 21: ENSIMESMADA, DESENGAJADA, DESENGRAÇADA (NO ENTANTO, UM POEMA DE PAULO FERRAZ)

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Publicado em 12 de julho de 2013

Resumo

A pesquisa – da qual esta comunicação faz parte – se dedica a investigar a poesia brasileira do século 21, procurando detectar, sobretudo, a presença nela da violência em algumas de suas múltiplas manifestações, como (a) a miséria e a desigualdade econômico-social, (b) os diversos preconceitos de caráter étnico-racial e sexual, (c) a permanência de traços oriundos de períodos autoritários, como a corrupção institucionalizada e o abuso de poder. Algumas questões a examinar são: 1) se a nossa produção poética recente incorpora e encena grande parte dos conflitos e dramas sociais coletivos; 2) como essa representação se faz: à base de cinismo e desilusão, ou com solidariedade e compromisso; 3) se a produção poética mais comentada, hegemonicamente lírica e autocentrada, esconde e abafa a produção poética de temática social, voltada para problemas éticos e coletivos. O corpus inicial de pesquisa reúne 31 obras: os 27 livros indicados na categoria Poesia do Prêmio Portugal Telecom, de 2003 a 2012, mais 4 antologias de poemas contemporâneos. A leitura já realizada desse conjunto indica alguns traços dessa nossa poesia contemporânea: trata-se de [a] uma produção solipsista, centrada nos acontecimentos singulares da vida do sujeito que escreve – ensimesmada; de [b] uma produção indiferente a questões de cunho político, social, coletivo – desengajada; de [c] uma produção em que é rara a presença crítica do humor (quando muito, dá-se a ver certa ambivalência irônica) – desengraçada. Na contracorrente desses traços, aqui e ali aparecem poemas e poetas em que o interesse pelo outro se impõe como força e tema. É o caso do poema “De uma crítica publicada num suplemento cultural de domingo”, de Paulo Ferraz, publicado em 2004 no jornal Folha de São Paulo, em 2006 na Antologia comentada da poesia brasileira do século 21, de Manuel da Costa Pinto, e em 2007 no livro Evidências pedestres, do autor do poema, que será lido a partir de conhecido trecho da Teoria estética, de Theodor Adorno, que diz que “os antagonismos não resolvidos da realidade retornam às obras de arte como os problemas imanentes da sua forma”. A poesia de testemunho é, ela mesma, um campo de conflitos entre lírica e sociedade, forma e história, arte e vida.

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