Entre 1948 e 1950, Mario Faustino participa do “Suplemento Arte-Literatura” do jornal paraense A Folha do Norte como tradutor e poeta, lado a lado de Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meirelles, Raquel de Queiroz, Ruy Barata, Aurélio Buarque de Holanda, Paulo Quintela, entre muitos outros. O ineditismo e a ousadia da iniciativa de Faustino contribuem para a projeção do Suplemento como periódico de grande relevância no cenário das Letras brasileiras, destacando o crítico como um importante agente de divulgação não só da literatura anglófona, pelas traduções de James Joyce e T. S. Eliot, mas de grandes poetas de língua alemã, italiana e espanhola, como Reiner Maria Rilke, Rafael Alberti, Afonsina Storni e Juán Ramon Jimenez. A presente comunicação busca refletir sobre a atividade tradutória realizada por Faustino, utilizando exemplos de suas traduções anglófonas, e a importância que teve no desenvolvimento de sua prática poética e crítica, afinadas com a teoria haroldiana da tradução transcriadora.