Propomos, nessa pesquisa, investigar os recursos parafrásticos utilizados em textos de divulgação científica infantojuvenil. Partimos da hipótese de que a paráfrase, mesmo sendo um recurso característico do texto oral, pode estar presente em textos escritos revelando o continuum entre gêneros. Para tanto, nosso trabalho está teoricamente fundamentado nas propostas de Marcuschi (2008, 2010), que apontam uma relação não-dicotômica entre oralidade e escrita, na perspectiva textual-interativa da Gramática do Português culto falado no Brasil, Jubran e Koch (2006), e nos estudos sobre parafraseamento de Hilgert (2009, 2015). Essa análise se materializará por uma pesquisa-ação de caráter qualitativo, após o desenvolvimento de uma sequência didática à luz dos ensinamentos sugeridos por Dolz; Noverraz e Schneuwly (2004). O Corpus dessa investigação será composto de dez textos de divulgação científica, produzidos em sala de aula por estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental. Os resultados posteriores às análises pretenderão apontar o caráter parafrástico na construção do texto de divulgação científica e comprovar o continuum entre os gêneros.