NO DRAMA DO MOLEQUE E O CORONEL A MODERNIZAÇÃO SEGUNDO JOSÉ LINS DO REGO
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Entre eles, estabelece-se um elo de continuidade na apresentação da trajetória do protagonista, um jovem negro, agregado do engenho Santa Rosa, que decide abandonar os limites que lhe estavam destinados no campo e arriscar a vida na cidade. O primeiro desses romances apresenta caráter inovador na literatura brasileira ao conceder o protagonismo a um jovem negro e trabalhador do eito. Apesar de Ricardo abandonar o campo, o coronel José Paulino, dono do engenho Santa Rosa, identificado biograficamente com o avô do escritor José Lins, se mantém, no decorrer da narrativa, como referência ou modelo do protagonista para a interpretação do mundo do trabalho na cidade. Através da perspectiva de Ricardo, marcada pela ingenuidade e parca escolaridade, são analisadas pelo romancista as contradições ideológicas dos jovens estudantes de Recife, com um viés crítico ao ideário e às práticas de esquerda e à sua dissociação do universo ideológico dos pobres. 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