Artigo Anais ABRALIC Internacional

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-157X

NAÇÕES E TRIBOS DE TORCEDORES EM QUATRO CONTOS DE NARRADORES ARGENTINOS

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Publicado em 12 de julho de 2013

Resumo

Este trabalho tem como objetivo contribuir para a problematização dos conceitos de nação e de ilhas culturais bem como para pensar as novas figurações identitárias expressadas por meio de narrativas literárias produzidas nas últimas décadas, temas que priorizamos entre os vários tratados nas discussões do Simpósio “Literatura e Artes, Trânsito e Fronteiras na América Latina”. A crise dos Estados-nação alterou os cenários das identidades sociais e culturais, que se tornaram cada vez mais fluidas, assumindo muitas vezes características “neotribais”. Enquanto a identidade nacional perde muito de sua força, observamos que a cultura de massa originou um novo sentimento de pertença coletivo, evidenciando o potencial de certos fenômenos de massa, como a música ou o futebol, para criar comunidades em meio a uma cena contemporânea na qual domina a fragmentação do sujeito. O futebol surge como espaço privilegiado para se estudar diferentes problemáticas de nossa sociedade e, em particular, as vinculados às novas formas de sociabilidade e à construção de identidades locais. Desta maneira, não é difícil constatar como no âmbito do esporte de massas se constitui um “nós” que transcende a relação interindividual, na medida em que a maior parte das interações se desenvolve em ambientes locais como bares, esquinas ou clubes enquanto a ênfase da imaginação comunitária recai naquilo que está para além dos contatos face a face. Podemos pensar o “neotribalismo” como um fenômeno que reflete diferentes dimensões da vida social. Michel Maffesoli define tribos urbanas como agrupamentos que se organizam em torno de territórios (reais ou simbólicos) e de mitos comuns. Nesta espécie de nuvem emocional que se assenta mas não se restringe à ilha de conivência face a face se refletem alguns elementos centrais da sociabilidade que origina o que estamos chamando de “pequenas nações”. Eduardo Archetti e Roberto Damatta há muito sinalizaram as ricas possibilidades de se ler a nação a partir do futebol. O que pretendemos com este trabalho é um pouco diferente: pensamos que, diante da crise das grandes narrativas e do Estado-nação, hoje nosso olhar poderia se concentrar mais na metáfora das “ilhas urbanas” proposta por Josefina Ludmer na mesma linha das tribos de Maffesoli. Ao focar neste espaço social – simbólico ou concreto - que aglutina diferentes indivíduos em torno de uma identificação comum que dá sentido às “comunidades imaginadas” que se estruturam a partir das identidades futebolísticas, queremos pensar as vivências dos torcedores em momentos intensos e significativos: quando a paixão pelo clube se reflete nas relações com filhos, pais, esposas ou vizinhos. É isso que podemos observar nos contos argentinos “El cuadro de Raulito” e “Señor Pastoriza”, de Eduardo Sacheri, “19 de diciembre de 1971”, de Roberto Fontanarrosa, e “Hinchada hay una sola”, de Alejandro Parisi. Mais que uma pesquisa sobre futebol, pode-se dizer que esta é uma investigação sobre a identidade, os afetos, a sociabilidade e a noção de pertencimento das tribos de torcedores representadas no texto literário.

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