METAMORFOSES DE MEDEIA, DE EURÍPIDES A PASOLINI
"2013-07-12 00:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php #connection: "mysql" +table: "artigo" #primaryKey: "id" #keyType: "int" +incrementing: true #with: [] #withCount: [] +preventsLazyLoading: false #perPage: 15 +exists: true +wasRecentlyCreated: false #escapeWhenCastingToString: false #attributes: array:35 [ "id" => 4601 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 697 "inscrito_id" => 311 "titulo" => "METAMORFOSES DE MEDEIA, DE EURÍPIDES A PASOLINI" "resumo" => "Muitas são as releituras de Medeia, tragédia escrita pelo ateniense Eurípides no século V a.C. Tantas versões acentuam ou atenuam o caráter hediondo do crime de Medeia, o assassinato dos próprios filhos. Eurípides, na obra original, atenua, inicialmente o caráter terrível de Medeia e a faz somente lamentar-se e queixar-se aos novos deuses, os deuses da polis. A tragédia grega tinha por meta a catarse, a reação da plateia de purgar seus males identificando-se com o herói trágico e sentindo o terror. Tratava-se de recalcar o lado instintivo e violento do ser humano, que já havia sido representado por Ésquilo, também tragediógrafo ateniense, na sua trilogia Oréstia. Ésquilo expõe para sua plateia a transformação das Erínias, entidades antigas, sanguinárias e vingativas, nas pacificadas Eumênides. No século XVIII o filósofo iluminista G.E. Lessing, ao analisar o grupo escultórico Laocoonte, originário do século I a.C., tece considerações acerca do que expressaria a boca entreaberta do sacerdote ali representado, concluindo que não poderia ser um grito terrível, pois isso comprometeria o belo presente na obra. Também no século XVIII o filósofo e historiador Edmund Burke descreve o sentimento do sublime, a mais forte emoção que o homem pode experimentar, e identifica sua origem no sofrimento e no terror. No século XX, o autor cinematográfico italiano Pier Paolo Pasolini, influenciado pela obra de Ésquilo e pela psicanálise, realiza seu filme Medeia, identificando o caráter terrível da personagem com a sobrevivência no ser humano de elementos do mundo antigo, dificilmente superados. Dessa forma, Pasolini reinventa a personagem Medeia, exagerando propositalmente seu caráter mítico, mágico, terrível e vingativo, herdado das forças da natureza, oposto à civilização. Pasolini entende que o simbolismo da transformação das Erínias em Eumênides representa o fim da barbárie, mas que esta nunca estará totalmente superada nos seres humanos, resultando numa existência trágica, ainda hoje, da humanidade." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_311_4819bf30d96ad52bd20e7e76bf8ff45c.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26" "ativo" => 1 "autor_nome" => "ULYSSES MACIEL DE OLIVEIRA NETO" "autor_nome_curto" => "ULYSSES MACIEL" "autor_email" => "ulyssesodisseu@gmail.com" "autor_ies" => "UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #original: array:35 [ "id" => 4601 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 697 "inscrito_id" => 311 "titulo" => "METAMORFOSES DE MEDEIA, DE EURÍPIDES A PASOLINI" "resumo" => "Muitas são as releituras de Medeia, tragédia escrita pelo ateniense Eurípides no século V a.C. Tantas versões acentuam ou atenuam o caráter hediondo do crime de Medeia, o assassinato dos próprios filhos. Eurípides, na obra original, atenua, inicialmente o caráter terrível de Medeia e a faz somente lamentar-se e queixar-se aos novos deuses, os deuses da polis. A tragédia grega tinha por meta a catarse, a reação da plateia de purgar seus males identificando-se com o herói trágico e sentindo o terror. Tratava-se de recalcar o lado instintivo e violento do ser humano, que já havia sido representado por Ésquilo, também tragediógrafo ateniense, na sua trilogia Oréstia. Ésquilo expõe para sua plateia a transformação das Erínias, entidades antigas, sanguinárias e vingativas, nas pacificadas Eumênides. No século XVIII o filósofo iluminista G.E. Lessing, ao analisar o grupo escultórico Laocoonte, originário do século I a.C., tece considerações acerca do que expressaria a boca entreaberta do sacerdote ali representado, concluindo que não poderia ser um grito terrível, pois isso comprometeria o belo presente na obra. Também no século XVIII o filósofo e historiador Edmund Burke descreve o sentimento do sublime, a mais forte emoção que o homem pode experimentar, e identifica sua origem no sofrimento e no terror. No século XX, o autor cinematográfico italiano Pier Paolo Pasolini, influenciado pela obra de Ésquilo e pela psicanálise, realiza seu filme Medeia, identificando o caráter terrível da personagem com a sobrevivência no ser humano de elementos do mundo antigo, dificilmente superados. Dessa forma, Pasolini reinventa a personagem Medeia, exagerando propositalmente seu caráter mítico, mágico, terrível e vingativo, herdado das forças da natureza, oposto à civilização. Pasolini entende que o simbolismo da transformação das Erínias em Eumênides representa o fim da barbárie, mas que esta nunca estará totalmente superada nos seres humanos, resultando numa existência trágica, ainda hoje, da humanidade." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_311_4819bf30d96ad52bd20e7e76bf8ff45c.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26" "ativo" => 1 "autor_nome" => "ULYSSES MACIEL DE OLIVEIRA NETO" "autor_nome_curto" => "ULYSSES MACIEL" "autor_email" => "ulyssesodisseu@gmail.com" "autor_ies" => "UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #changes: [] #casts: array:14 [ "id" => "integer" "edicao_id" => "integer" "trabalho_id" => "integer" "inscrito_id" => "integer" "titulo" => "string" "resumo" => "string" "modalidade" => "string" "area_tematica" => "string" "palavra_chave" => "string" "idioma" => "string" "arquivo" => "string" "created_at" => "datetime" "updated_at" => "datetime" "ativo" => "boolean" ] #classCastCache: [] #attributeCastCache: [] #dates: [] #dateFormat: null #appends: [] #dispatchesEvents: [] #observables: [] #relations: [] #touches: [] +timestamps: false #hidden: [] #visible: [] +fillable: array:13 [ 0 => "edicao_id" 1 => "trabalho_id" 2 => "inscrito_id" 3 => "titulo" 4 => "resumo" 5 => "modalidade" 6 => "area_tematica" 7 => "palavra_chave" 8 => "idioma" 9 => "arquivo" 10 => "created_at" 11 => "updated_at" 12 => "ativo" ] #guarded: array:1 [ 0 => "*" ] }