Os componentes curriculares de ciências (Ensino Fundamental) e biologia (Ensino Médio), tornam-se na escola, espaços prioritários para constante diálogo e vivências referentes à compreensão da biodiversidade, das relações entre as espécies e o ambiente, sustentabilidade, biotecnologia, genética, promoção da saúde e etc. No campo da saúde pública, tradicionalmente trabalha-se uma gama importante de doenças que acometem humanos, seus agentes infecciosos, ciclos de transmissão, vetores, formas de infecção/contágio, profilaxia e tratamento, com o objetivo de promover reflexões sobre o cuidado constante com a saúde. Com a entrada de novos arbovírus no Brasil desde o ano de 2013, o Ministério da Educação lança o “Plano de Ação do Ministério da Educação para o Enfrentamento ao Aedes aegypti” e o “Plano Nacional para o Enfrentamento à Microcefalia”, entendendo que a escola de Educação Básica é um núcleo de mobilização territorial e social para combate ao vetor, em especial seus criadouros, e de orientação à população de modo geral, com intermédio da comunidade escolar. Diante disso e objetivando atender aos Planos supracitados e promover diálogo entre a Educação Básica e licenciandos de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco, o projeto “CApturadores de mosquitos” foi implementado no Colégio de Aplicação da UFPE no ano de 2016, oportunizando a prática de extensão universitária entre graduandos e estudantes do Ensino Médio, realizando ações de extensão que proporcionaram vivências de extensão universitária fundamentais na formação inicial do licenciando, através do diálogo íntimo e trabalho efetivo com estudantes da Educação Básica. Tal projeto resultou em vivências fundamentais para seu processo formativo do licenciando em Biologia, aproximando-se da realidade escolar e da comunidade, tornando-se agente formador e transformador de realidades, enquanto ao mesmo tempo se forma e se transforma a partir da partilha de saberes, experiências e vivências.