Este artigo discute alguns problemas do ensino/aprendizagem de Literatura. Reflete sobre os descompassos entre arte literária e formação de leitores nos níveis médio e superior da educação brasileira, bem como sobre a atuação do professor de Literatura. A discussão parte de um breve panorama histórico da relação entre Literatura e escola para chegar à observação dessa relação na contemporaneidade, por meio de constatações resultantes da experiência de magistério em instituições públicas e privadas. A partir do pensamento de críticos literários, tais como T.S. Eliot, Roland Barthes, Antonio Candido e Leyla Perrone-Moisés, defende-se a ideia de que a Literatura é um conhecimento indispensável ao desenvolvimento da criticidade humana, embora ainda seja tomado como inútil. O texto intenta, por fim, argumentar sobre a necessidade da formação de cidadãos mais hábeis na interpretação e produção de textos através do ensino de Literatura.