A República Dominicana está situada na região caribenha e faz fronteira com a República do Haiti. Duas nações que enfrentaram lutas através dos tempos, tendo como resultado abnegações, racismo e preconceito. O trabalho que apresentamos está baseado na pesquisa que está em andamento, a partir da obra do escritor dominicano Freddy Prestol Castillo, El Masacre se pasa a pie (1998), onde buscaremos compreender como historia e ficção são tecidas ao longo da narrativa, cujo foco é o genocídio histórico de haitianos no rio Masacre, em 1937, no espaço da fronteira norte da República Dominicana e da República do Haiti. A hipótese que apresentamos é a de que o racismo, o preconceito, a violência e aspectos negativos relacionados à ditadura que caracteriza a República Dominicana estão ligados e enraizados na memória da população dominicana. O governo de Rafael Leónidas Trujillo teria utilizado um discurso contra os haitianos, logo, contra o elemento cultural africano, como parte de estratégias da política de “branqueamento” que facilitaria a modernização do país. Castillo (1998) focaliza a violência dos fatos históricos ligados aos "pueblos ribereños”, refletindo questões de sofrimento e denuncias. Para este trabalho priorizamos os conceitos de racismo de Albert Memmi (1967), de violência Frank Moya Pons(1995), e de memoria, de Maurice Halbwachs(1990).