ROCHA POMBO: UMA LEITURA DA AMÉRICA NA VIRADA DO SÉCULO XX
"2013-07-12 00:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php #connection: "mysql" +table: "artigo" #primaryKey: "id" #keyType: "int" +incrementing: true #with: [] #withCount: [] +preventsLazyLoading: false #perPage: 15 +exists: true +wasRecentlyCreated: false #escapeWhenCastingToString: false #attributes: array:35 [ "id" => 4502 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 233 "inscrito_id" => 533 "titulo" => "ROCHA POMBO: UMA LEITURA DA AMÉRICA NA VIRADA DO SÉCULO XX" "resumo" => "O nome de Rocha Pombo desponta na cultura paranaense como o referencial da geração que veio a constituir o primeiro grande marco literário no espaço regional e que foi responsável pela disseminação da estética simbolista em outras plagas, contrariando a onda hegemônica nacional do Parnasianismo. Na historiografia literária distinguiu-se com o romance No hospício (1905), classificado por vários críticos como um exemplo isolado da realização do Simbolismo na prosa brasileira. O romance revelaria, contudo, uma condição biográfica de insulamento experimentada por seu próprio autor no exílio auto-imposto no Rio de Janeiro, após um período de intensas frustrações enquanto jornalista e deputado na terra natal. Mas foi no domínio da historiografia que o intelectual, nascido em Morretes, filho de um professor da província, tendo ele mesmo iniciado sua vida profissional no magistério, tornou-se conhecido e vem merecendo pesquisas no Brasil. Motivado em grande parte pela questão educativa, de que é prova a concepção do primeiro projeto para a Universidade do Paraná, em 1892, ou a participação no projeto pioneiro da Universidade do Povo, em 1900, já no Rio de Janeiro, Rocha Pombo redigiu uma extensa obra voltada para o ensino da História, sendo seu público buscado desde as carteiras do ensino primário e ginasial. Essa perspectiva pode explicar em parte a reação negativa recebida por sua História do Brasil em dez volumes, com publicação a partir de 1905, e que ocuparam mais de dez anos de trabalho do escritor. Condenado pela corrente positivista, tutelada na historiografia por Capistrano de Abreu, coube a Rocha Pombo o desdém pela metodologia empregada que, em lugar da pesquisa direta às fontes, valia-se de releituras, e que, em vez do modelo ainda em curso, não enfatizava as figuras políticas de eminência, mas priorizava as expressões da cultura popular, ainda que sobre o conceito de popular pairasse uma projeção bastante abstrata. O forte espírito republicano que desde a juventude o animara rapidamente arrefeceu em meio às práticas políticas e no contato com o ambiente acadêmico. O ideal que moldava Rocha Pombo requeria transformações rápidas, mas os entraves políticos confirmavam o engessamento das estruturas do país. Verificam-se na sua produção muito heterogênea as muitas contradições que abalaram os homens de pensamento na virada do século XX: o pensamento em torno de uma hierarquia entre as raças, a violência responsável pelo processo de colonização, a ambiguidade diante do forte processo imigratório europeu nos estados do sul, o impulso de regionalização a partir do período republicano e concomitantemente a expansão do Pan Americanismo de base monroísta. Através da análise do poema narrativo A Guayrá (1891), pretende-se pensar as questões colocadas por Rocha Pombo entre a Literatura e a História, sobretudo se considerarmos que cabe a ele também a primeira História da América (1899) publicada no Brasil." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_533_a5afe83524994ed6293c1b105ce88b8e.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26" "ativo" => 1 "autor_nome" => "NAIRA DE ALMEIDA NASCIMENTO" "autor_nome_curto" => "NAIRA NASCIMENTO" "autor_email" => "naira.alm@gmail.com" "autor_ies" => "UTFPR" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #original: array:35 [ "id" => 4502 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 233 "inscrito_id" => 533 "titulo" => "ROCHA POMBO: UMA LEITURA DA AMÉRICA NA VIRADA DO SÉCULO XX" "resumo" => "O nome de Rocha Pombo desponta na cultura paranaense como o referencial da geração que veio a constituir o primeiro grande marco literário no espaço regional e que foi responsável pela disseminação da estética simbolista em outras plagas, contrariando a onda hegemônica nacional do Parnasianismo. Na historiografia literária distinguiu-se com o romance No hospício (1905), classificado por vários críticos como um exemplo isolado da realização do Simbolismo na prosa brasileira. O romance revelaria, contudo, uma condição biográfica de insulamento experimentada por seu próprio autor no exílio auto-imposto no Rio de Janeiro, após um período de intensas frustrações enquanto jornalista e deputado na terra natal. Mas foi no domínio da historiografia que o intelectual, nascido em Morretes, filho de um professor da província, tendo ele mesmo iniciado sua vida profissional no magistério, tornou-se conhecido e vem merecendo pesquisas no Brasil. Motivado em grande parte pela questão educativa, de que é prova a concepção do primeiro projeto para a Universidade do Paraná, em 1892, ou a participação no projeto pioneiro da Universidade do Povo, em 1900, já no Rio de Janeiro, Rocha Pombo redigiu uma extensa obra voltada para o ensino da História, sendo seu público buscado desde as carteiras do ensino primário e ginasial. Essa perspectiva pode explicar em parte a reação negativa recebida por sua História do Brasil em dez volumes, com publicação a partir de 1905, e que ocuparam mais de dez anos de trabalho do escritor. Condenado pela corrente positivista, tutelada na historiografia por Capistrano de Abreu, coube a Rocha Pombo o desdém pela metodologia empregada que, em lugar da pesquisa direta às fontes, valia-se de releituras, e que, em vez do modelo ainda em curso, não enfatizava as figuras políticas de eminência, mas priorizava as expressões da cultura popular, ainda que sobre o conceito de popular pairasse uma projeção bastante abstrata. O forte espírito republicano que desde a juventude o animara rapidamente arrefeceu em meio às práticas políticas e no contato com o ambiente acadêmico. O ideal que moldava Rocha Pombo requeria transformações rápidas, mas os entraves políticos confirmavam o engessamento das estruturas do país. Verificam-se na sua produção muito heterogênea as muitas contradições que abalaram os homens de pensamento na virada do século XX: o pensamento em torno de uma hierarquia entre as raças, a violência responsável pelo processo de colonização, a ambiguidade diante do forte processo imigratório europeu nos estados do sul, o impulso de regionalização a partir do período republicano e concomitantemente a expansão do Pan Americanismo de base monroísta. Através da análise do poema narrativo A Guayrá (1891), pretende-se pensar as questões colocadas por Rocha Pombo entre a Literatura e a História, sobretudo se considerarmos que cabe a ele também a primeira História da América (1899) publicada no Brasil." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_533_a5afe83524994ed6293c1b105ce88b8e.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26" "ativo" => 1 "autor_nome" => "NAIRA DE ALMEIDA NASCIMENTO" "autor_nome_curto" => "NAIRA NASCIMENTO" "autor_email" => "naira.alm@gmail.com" "autor_ies" => "UTFPR" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #changes: [] #casts: array:14 [ "id" => "integer" "edicao_id" => "integer" "trabalho_id" => "integer" "inscrito_id" => "integer" "titulo" => "string" "resumo" => "string" "modalidade" => "string" "area_tematica" => "string" "palavra_chave" => "string" "idioma" => "string" "arquivo" => "string" "created_at" => "datetime" "updated_at" => "datetime" "ativo" => "boolean" ] #classCastCache: [] #attributeCastCache: [] #dates: [] #dateFormat: null #appends: [] #dispatchesEvents: [] #observables: [] #relations: [] #touches: [] +timestamps: false #hidden: [] #visible: [] +fillable: array:13 [ 0 => "edicao_id" 1 => "trabalho_id" 2 => "inscrito_id" 3 => "titulo" 4 => "resumo" 5 => "modalidade" 6 => "area_tematica" 7 => "palavra_chave" 8 => "idioma" 9 => "arquivo" 10 => "created_at" 11 => "updated_at" 12 => "ativo" ] #guarded: array:1 [ 0 => "*" ] }