Artigo Anais ABRALIC Internacional

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-157X

UMA VOZ ENTRE A PERIFERIA E O CENTRO

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Esse chão histórico manauara, que registra transformações pelas quais passou a cidade durante quase todo o século XX, configura-se no romance Dois irmãos tendo como contexto de primeiro plano alguns fatores de miscigenação. O narrador-personagem Nael, por exemplo, é, ao mesmo tempo, impulsionador e resultado desse processo, levando-se em consideração que, além de nascer de uma relação de miscigenação, ele dá origem a sua narrativa. Não se trata, exclusivamente, de uma história de imigrantes, mas no romance está representado um hibridismo que se apresenta na própria técnica narrativa, na medida em que o narrador-personagem Nael concede voz a outros interlocutores e apresenta um enredo marcado pela ambivalência e pelo entrecruzamento de ações, de pensamentos e de sentimentos, que são do próprio narrador, mas também de seus principais interlocutores: a mãe Domingas e o avô Halim. Por essa razão, a análise do romance que ora se apresenta busca verificar uma certa via de mão dupla – da transição de ser periférico para a condição de narradora de seu interlocutor-narrador Nael e vice-versa, ou seja, nesse jogo entre o falar e o silenciar, da margem para o centro da narratividade – em que a índia Domingas amplia a ótica narrativa por meio da qual a história de Dois irmãos é contada, constituindo, assim, uma das vozes mais importantes dessa narrativa, porque o seu posicionamento, inclusive em relação aos gêmeos Omar e Yakub, protagonistas da história, contribui para a desconfiança do narrador Nael e, consequentemente, para a ambivalência em torno da sua paternidade. Essa ambivalência é considerada, nessa análise, força motriz do romance, sendo, portanto, exatamente sobre essa força motriz que esta análise de debruça.A história de Dois irmãos, do escritor Milton Hatoum, acontece na cidade de Manaus. 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Publicado em 12 de julho de 2013

Resumo

A história de Dois irmãos, do escritor Milton Hatoum, acontece na cidade de Manaus. Seu tempo narrativo atravessa fatos históricos importantes para a contextualização de seus personagens: inicia-se em 1914, ano marcante para a história da humanidade, com a Primeira Guerra Mundial, e vai até o final da década de 1960, época de Ditadura Militar no Brasil. Esse chão histórico manauara, que registra transformações pelas quais passou a cidade durante quase todo o século XX, configura-se no romance Dois irmãos tendo como contexto de primeiro plano alguns fatores de miscigenação. O narrador-personagem Nael, por exemplo, é, ao mesmo tempo, impulsionador e resultado desse processo, levando-se em consideração que, além de nascer de uma relação de miscigenação, ele dá origem a sua narrativa. Não se trata, exclusivamente, de uma história de imigrantes, mas no romance está representado um hibridismo que se apresenta na própria técnica narrativa, na medida em que o narrador-personagem Nael concede voz a outros interlocutores e apresenta um enredo marcado pela ambivalência e pelo entrecruzamento de ações, de pensamentos e de sentimentos, que são do próprio narrador, mas também de seus principais interlocutores: a mãe Domingas e o avô Halim. Por essa razão, a análise do romance que ora se apresenta busca verificar uma certa via de mão dupla – da transição de ser periférico para a condição de narradora de seu interlocutor-narrador Nael e vice-versa, ou seja, nesse jogo entre o falar e o silenciar, da margem para o centro da narratividade – em que a índia Domingas amplia a ótica narrativa por meio da qual a história de Dois irmãos é contada, constituindo, assim, uma das vozes mais importantes dessa narrativa, porque o seu posicionamento, inclusive em relação aos gêmeos Omar e Yakub, protagonistas da história, contribui para a desconfiança do narrador Nael e, consequentemente, para a ambivalência em torno da sua paternidade. Essa ambivalência é considerada, nessa análise, força motriz do romance, sendo, portanto, exatamente sobre essa força motriz que esta análise de debruça.

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