INVEJA E GRATIDÃO NO CONTO POPULAR: O ANIQUILAMENTO PSICOSSEMIÓTICO DO CORPO FEMININO
"2013-07-12 00:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php #connection: "mysql" +table: "artigo" #primaryKey: "id" #keyType: "int" +incrementing: true #with: [] #withCount: [] +preventsLazyLoading: false #perPage: 15 +exists: true +wasRecentlyCreated: false #escapeWhenCastingToString: false #attributes: array:35 [ "id" => 4332 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 882 "inscrito_id" => 381 "titulo" => "INVEJA E GRATIDÃO NO CONTO POPULAR: O ANIQUILAMENTO PSICOSSEMIÓTICO DO CORPO FEMININO" "resumo" => "Malgrado repudiada pela filosofia e combatida pelos estudos sociológicos, a inveja concentra um papel importante na constituição de nossa personalidade, ou melhor, apresenta-se como elemento fulcral no desenvolvimento psíquico humano. Por muito tempo, nas inúmeras calendas da história, foram-lhe atribuídas máscaras grotescas e horrendas, capazes de extrair, deturpar e, às vezes, destruir a própria subjetividade de seus usuários ou atores. É óbvio que, em termos antropológicos, esse pathos se reveste de conceitos culturalmente negativos, devido à forte influência dos directivos religiosos, eminentemente cristãos, os quais lhe atribuíram um lugar entre os sete pecados capitais. Nessa ótica, o invejoso se reduz a um ser mesquinho, provido de orgulho e apto a obstruir o êxito de suas vítimas, retirando delas o objeto que tanto cobiça. A ingratidão irrompe-se, aí, como um amistoso conviva, um cúmplice prestes e pronto a impulsioná-lo. A literatura popular, embevecida pela tradicionalidade, desloca tais sentimentos para o terreno maniqueísta da malevolência, fundindo-os de tal modo que o personagem, decisivamente, não detém forças para depurá-los. Como consequência, temos, amiúde, a sansão punitiva ao mal e a recompensa ao bem. Essa imagem, quiçá tenha contribuído para uma hermenêutica do texto popular marcada pelo desprezo cego ao evento negativo, à semântica do mal. Eleva-se, por exemplo, a gata borralheira e pune-se, unilateralmente, a madrasta, sem antes analisar, em profundidade, os motivos (reais e aparentes, conscientes e inconscientes) que levaram a matriarca a perpetrar, contra a enteada, os já conhecidos “crimes”. Reside, nessas reflexões, o objetivo de nosso estudo: analisar, com base numa interface entre a semiótica greimasiana e os estudos psicanalíticos kleinianos, a configuração da inveja no conto popular A morte da sapa Bermuda. A narrativa nos permite debruçar sobre o comportamento de um garoto, forjado na ausência e indiferença do objeto materno, cujos atos, deveras cruéis, extirpam a vida de um indefeso animal, numa ambivalência entre a morte e a gratidão, a culpa e a inveja. O feminino, traço característico da criatura, é projetado como algo doloroso para o protagonista. Daí a tragédia, contornada pela agressividade e violência. Serviram de respaldo às reflexões, aqui bosquejadas, os trabalhos de Rodrigues (2012), sobre o estatuto das paixões, e, em especial, a obra Inveja e Gratidão (1991), publicada em 1957 por Melanie Klein. A análise revelou-nos uma personalidade infantil tensivamente fragmentada pela imagem de uma mãe ausente. Tal situação arremessa o protagonista em estados de angústia e ressentimento, decorrentes de uma relação “desatenta” e distante, que o impulsionam a destruir, como mecanismo de defesa, o ser que, inconscientemente, deseja e lhe é (in)grato." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_381_d06e21f67ccf2b5fb447c07ab25726b1.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26" "ativo" => 1 "autor_nome" => "HERMANO DE FRANÇA RODRIGUES" "autor_nome_curto" => "HERMANO DE FRANÇA RODRIGUES" "autor_email" => "hermanorg@gmail.com" "autor_ies" => "" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #original: array:35 [ "id" => 4332 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 882 "inscrito_id" => 381 "titulo" => "INVEJA E GRATIDÃO NO CONTO POPULAR: O ANIQUILAMENTO PSICOSSEMIÓTICO DO CORPO FEMININO" "resumo" => "Malgrado repudiada pela filosofia e combatida pelos estudos sociológicos, a inveja concentra um papel importante na constituição de nossa personalidade, ou melhor, apresenta-se como elemento fulcral no desenvolvimento psíquico humano. Por muito tempo, nas inúmeras calendas da história, foram-lhe atribuídas máscaras grotescas e horrendas, capazes de extrair, deturpar e, às vezes, destruir a própria subjetividade de seus usuários ou atores. É óbvio que, em termos antropológicos, esse pathos se reveste de conceitos culturalmente negativos, devido à forte influência dos directivos religiosos, eminentemente cristãos, os quais lhe atribuíram um lugar entre os sete pecados capitais. Nessa ótica, o invejoso se reduz a um ser mesquinho, provido de orgulho e apto a obstruir o êxito de suas vítimas, retirando delas o objeto que tanto cobiça. A ingratidão irrompe-se, aí, como um amistoso conviva, um cúmplice prestes e pronto a impulsioná-lo. A literatura popular, embevecida pela tradicionalidade, desloca tais sentimentos para o terreno maniqueísta da malevolência, fundindo-os de tal modo que o personagem, decisivamente, não detém forças para depurá-los. Como consequência, temos, amiúde, a sansão punitiva ao mal e a recompensa ao bem. Essa imagem, quiçá tenha contribuído para uma hermenêutica do texto popular marcada pelo desprezo cego ao evento negativo, à semântica do mal. Eleva-se, por exemplo, a gata borralheira e pune-se, unilateralmente, a madrasta, sem antes analisar, em profundidade, os motivos (reais e aparentes, conscientes e inconscientes) que levaram a matriarca a perpetrar, contra a enteada, os já conhecidos “crimes”. Reside, nessas reflexões, o objetivo de nosso estudo: analisar, com base numa interface entre a semiótica greimasiana e os estudos psicanalíticos kleinianos, a configuração da inveja no conto popular A morte da sapa Bermuda. A narrativa nos permite debruçar sobre o comportamento de um garoto, forjado na ausência e indiferença do objeto materno, cujos atos, deveras cruéis, extirpam a vida de um indefeso animal, numa ambivalência entre a morte e a gratidão, a culpa e a inveja. O feminino, traço característico da criatura, é projetado como algo doloroso para o protagonista. Daí a tragédia, contornada pela agressividade e violência. Serviram de respaldo às reflexões, aqui bosquejadas, os trabalhos de Rodrigues (2012), sobre o estatuto das paixões, e, em especial, a obra Inveja e Gratidão (1991), publicada em 1957 por Melanie Klein. A análise revelou-nos uma personalidade infantil tensivamente fragmentada pela imagem de uma mãe ausente. Tal situação arremessa o protagonista em estados de angústia e ressentimento, decorrentes de uma relação “desatenta” e distante, que o impulsionam a destruir, como mecanismo de defesa, o ser que, inconscientemente, deseja e lhe é (in)grato." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_381_d06e21f67ccf2b5fb447c07ab25726b1.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26" "ativo" => 1 "autor_nome" => "HERMANO DE FRANÇA RODRIGUES" "autor_nome_curto" => "HERMANO DE FRANÇA RODRIGUES" "autor_email" => "hermanorg@gmail.com" "autor_ies" => "" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #changes: [] #casts: array:14 [ "id" => "integer" "edicao_id" => "integer" "trabalho_id" => "integer" "inscrito_id" => "integer" "titulo" => "string" "resumo" => "string" "modalidade" => "string" "area_tematica" => "string" "palavra_chave" => "string" "idioma" => "string" "arquivo" => "string" "created_at" => "datetime" "updated_at" => "datetime" "ativo" => "boolean" ] #classCastCache: [] #attributeCastCache: [] #dates: [] #dateFormat: null #appends: [] #dispatchesEvents: [] #observables: [] #relations: [] #touches: [] +timestamps: false #hidden: [] #visible: [] +fillable: array:13 [ 0 => "edicao_id" 1 => "trabalho_id" 2 => "inscrito_id" 3 => "titulo" 4 => "resumo" 5 => "modalidade" 6 => "area_tematica" 7 => "palavra_chave" 8 => "idioma" 9 => "arquivo" 10 => "created_at" 11 => "updated_at" 12 => "ativo" ] #guarded: array:1 [ 0 => "*" ] }