Artigo Anais ABRALIC Internacional

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-157X

TRANSCRIAÇÃO DE E. E. CUMMINGS EM "THE SWEET OLD ETCETERA"

"2013-07-12 00:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 4295
    "edicao_id" => 14
    "trabalho_id" => 684
    "inscrito_id" => 684
    "titulo" => "TRANSCRIAÇÃO DE E. E. CUMMINGS EM "THE SWEET OLD ETCETERA""
    "resumo" => "O livro Paideuma, organizado por André Dick, (2010) é uma coletânea de artigos compostos por diferentes autores sobre os poetas-marco da poesia concreta, citados como referência pelos irmãos Haroldo de Campos e Augusto de Campos & Décio Pignatari. Dentre os artigos, encontra-se um de autoria de Daniel Lacerda, dissertando acerca do poeta e. e. cummings. Lacerda (in. DICK, 2010) aponta dois autores, Marshall McLuhan e Antonio Risério, que falam sobre um novo meio de comunicação para a expansão do poético de cummings – os textos midiáticos. McLuhan, em seu texto Understanding Media (1975), analisa os efeitos da máquina de escrever sobre a escrita moderna. Ele afirma que “a máquina funde composição e publicação, o que altera a atitude em relação à palavra escrita e impressa”. Afirma ainda que esta fusão, na linguagem de cummings, que o meio teria suas potencialidades exploradas ao máximo; o poema cummingsiano “quando lido em voz alta, com todas as variáveis e possíveis pausas e inflexões, duplica o processo perceptivo de seu criador datilográfico”. Antonio Risério (1998) parte da reflexão de Mcluhan, mas de certa forma para refutá-la. Não é a máquina a mola propulsora da escrita singular de cummings. Para o autor, o poeta parece querer extrapolar as páginas datilografadas: (...) na verdade, cummings fez milagres com a máquina de escrever, Seus poemas pareciam pedir mais. Lutar contra limites. Fazer ‚caretas tipográficas‘, gesticular, mas com gestos calcificados, estáticos. Fragmentos petrificados de gestos. Ou gestos que anseiam por algum sopro, algum ânimo. Letras que aspiram a alguma liberdade, ou mesmo à cinese.Essas letras poderiam alcançar este quase estado de cinese, segundo Risério, por outro meio, outra mídia, repotencializando a técnica da máquina de escrever: É com o computador que o poeta pode realmente fazer com que sua esccrita dê saltos nijinskianos e passinhos chaplinianos. (...) não é com ela [máquina de escrever] que vamos encontrar a liberdade escritural, a coreografia dos signos num monitor. (...) Não tem jogo de cintura para a dança das palavras. Dança é com a palavra eletrônica. A computação/animação da linguagem. O texto digital.Através do meio digital, os desejos dos irmãos Campos poderiam se concretizar: repensar a Poesia Concreta, quando a imagem, a ação, a vivacidade das palavras são alteradas e subvertidas, permitindo explorar seus limites para além do campo semântico. Considerando  a tecnologia dos computadores, um dos recursos que o poeta da ‘tipografia inusual, não ortodoxa’ – ou “tortografia”, como Augusto de Campos prefere chamá-la (apud Lacerda 2010, p.149) –, poderia ter utilizado encontra-se no site The Sweet Old Etcetera, da britânica Alison Clifford. Estes poemas parecem ganhar vida própria, saltitando como gafanhotos, cuspindo luzes e sons, num labiríntico clicar de mouse. Traduzir este tipo de poética, tão diferente de tudo o que já foi visto, fora projeto de vida dos irmãos Campos por anos, e refletir acerca da possibilidade de manusear uma nova ferramenta para a criação poética dentro da poesia concreta através da Transcriação, é o objetivo desta comunicação."
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_684_d5bab3a14ac5950acaf3cc0345770e00.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:52:50"
    "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "FERNANDA PINHEIRO ARRUDA"
    "autor_nome_curto" => "FERNANDA ARRUDA"
    "autor_email" => "arruda.fp.9@gmail.com"
    "autor_ies" => "UFPA"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-abralic-internacional"
    "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional"
    "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada"
    "edicao_ano" => 2013
    "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013"
    "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png"
    "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00"
    "publicacao_id" => 12
    "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL"
    "publicacao_codigo" => "2317-157X"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 4295
    "edicao_id" => 14
    "trabalho_id" => 684
    "inscrito_id" => 684
    "titulo" => "TRANSCRIAÇÃO DE E. E. CUMMINGS EM "THE SWEET OLD ETCETERA""
    "resumo" => "O livro Paideuma, organizado por André Dick, (2010) é uma coletânea de artigos compostos por diferentes autores sobre os poetas-marco da poesia concreta, citados como referência pelos irmãos Haroldo de Campos e Augusto de Campos & Décio Pignatari. Dentre os artigos, encontra-se um de autoria de Daniel Lacerda, dissertando acerca do poeta e. e. cummings. Lacerda (in. DICK, 2010) aponta dois autores, Marshall McLuhan e Antonio Risério, que falam sobre um novo meio de comunicação para a expansão do poético de cummings – os textos midiáticos. McLuhan, em seu texto Understanding Media (1975), analisa os efeitos da máquina de escrever sobre a escrita moderna. Ele afirma que “a máquina funde composição e publicação, o que altera a atitude em relação à palavra escrita e impressa”. Afirma ainda que esta fusão, na linguagem de cummings, que o meio teria suas potencialidades exploradas ao máximo; o poema cummingsiano “quando lido em voz alta, com todas as variáveis e possíveis pausas e inflexões, duplica o processo perceptivo de seu criador datilográfico”. Antonio Risério (1998) parte da reflexão de Mcluhan, mas de certa forma para refutá-la. Não é a máquina a mola propulsora da escrita singular de cummings. Para o autor, o poeta parece querer extrapolar as páginas datilografadas: (...) na verdade, cummings fez milagres com a máquina de escrever, Seus poemas pareciam pedir mais. Lutar contra limites. Fazer ‚caretas tipográficas‘, gesticular, mas com gestos calcificados, estáticos. Fragmentos petrificados de gestos. Ou gestos que anseiam por algum sopro, algum ânimo. Letras que aspiram a alguma liberdade, ou mesmo à cinese.Essas letras poderiam alcançar este quase estado de cinese, segundo Risério, por outro meio, outra mídia, repotencializando a técnica da máquina de escrever: É com o computador que o poeta pode realmente fazer com que sua esccrita dê saltos nijinskianos e passinhos chaplinianos. (...) não é com ela [máquina de escrever] que vamos encontrar a liberdade escritural, a coreografia dos signos num monitor. (...) Não tem jogo de cintura para a dança das palavras. Dança é com a palavra eletrônica. A computação/animação da linguagem. O texto digital.Através do meio digital, os desejos dos irmãos Campos poderiam se concretizar: repensar a Poesia Concreta, quando a imagem, a ação, a vivacidade das palavras são alteradas e subvertidas, permitindo explorar seus limites para além do campo semântico. Considerando  a tecnologia dos computadores, um dos recursos que o poeta da ‘tipografia inusual, não ortodoxa’ – ou “tortografia”, como Augusto de Campos prefere chamá-la (apud Lacerda 2010, p.149) –, poderia ter utilizado encontra-se no site The Sweet Old Etcetera, da britânica Alison Clifford. Estes poemas parecem ganhar vida própria, saltitando como gafanhotos, cuspindo luzes e sons, num labiríntico clicar de mouse. Traduzir este tipo de poética, tão diferente de tudo o que já foi visto, fora projeto de vida dos irmãos Campos por anos, e refletir acerca da possibilidade de manusear uma nova ferramenta para a criação poética dentro da poesia concreta através da Transcriação, é o objetivo desta comunicação."
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_684_d5bab3a14ac5950acaf3cc0345770e00.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:52:50"
    "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "FERNANDA PINHEIRO ARRUDA"
    "autor_nome_curto" => "FERNANDA ARRUDA"
    "autor_email" => "arruda.fp.9@gmail.com"
    "autor_ies" => "UFPA"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-abralic-internacional"
    "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional"
    "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada"
    "edicao_ano" => 2013
    "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013"
    "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png"
    "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00"
    "publicacao_id" => 12
    "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL"
    "publicacao_codigo" => "2317-157X"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 12 de julho de 2013

Resumo

O livro Paideuma, organizado por André Dick, (2010) é uma coletânea de artigos compostos por diferentes autores sobre os poetas-marco da poesia concreta, citados como referência pelos irmãos Haroldo de Campos e Augusto de Campos & Décio Pignatari. Dentre os artigos, encontra-se um de autoria de Daniel Lacerda, dissertando acerca do poeta e. e. cummings. Lacerda (in. DICK, 2010) aponta dois autores, Marshall McLuhan e Antonio Risério, que falam sobre um novo meio de comunicação para a expansão do poético de cummings – os textos midiáticos. McLuhan, em seu texto Understanding Media (1975), analisa os efeitos da máquina de escrever sobre a escrita moderna. Ele afirma que “a máquina funde composição e publicação, o que altera a atitude em relação à palavra escrita e impressa”. Afirma ainda que esta fusão, na linguagem de cummings, que o meio teria suas potencialidades exploradas ao máximo; o poema cummingsiano “quando lido em voz alta, com todas as variáveis e possíveis pausas e inflexões, duplica o processo perceptivo de seu criador datilográfico”. Antonio Risério (1998) parte da reflexão de Mcluhan, mas de certa forma para refutá-la. Não é a máquina a mola propulsora da escrita singular de cummings. Para o autor, o poeta parece querer extrapolar as páginas datilografadas: (...) na verdade, cummings fez milagres com a máquina de escrever, Seus poemas pareciam pedir mais. Lutar contra limites. Fazer ‚caretas tipográficas‘, gesticular, mas com gestos calcificados, estáticos. Fragmentos petrificados de gestos. Ou gestos que anseiam por algum sopro, algum ânimo. Letras que aspiram a alguma liberdade, ou mesmo à cinese.Essas letras poderiam alcançar este quase estado de cinese, segundo Risério, por outro meio, outra mídia, repotencializando a técnica da máquina de escrever: É com o computador que o poeta pode realmente fazer com que sua esccrita dê saltos nijinskianos e passinhos chaplinianos. (...) não é com ela [máquina de escrever] que vamos encontrar a liberdade escritural, a coreografia dos signos num monitor. (...) Não tem jogo de cintura para a dança das palavras. Dança é com a palavra eletrônica. A computação/animação da linguagem. O texto digital.Através do meio digital, os desejos dos irmãos Campos poderiam se concretizar: repensar a Poesia Concreta, quando a imagem, a ação, a vivacidade das palavras são alteradas e subvertidas, permitindo explorar seus limites para além do campo semântico. Considerando a tecnologia dos computadores, um dos recursos que o poeta da ‘tipografia inusual, não ortodoxa’ – ou “tortografia”, como Augusto de Campos prefere chamá-la (apud Lacerda 2010, p.149) –, poderia ter utilizado encontra-se no site The Sweet Old Etcetera, da britânica Alison Clifford. Estes poemas parecem ganhar vida própria, saltitando como gafanhotos, cuspindo luzes e sons, num labiríntico clicar de mouse. Traduzir este tipo de poética, tão diferente de tudo o que já foi visto, fora projeto de vida dos irmãos Campos por anos, e refletir acerca da possibilidade de manusear uma nova ferramenta para a criação poética dentro da poesia concreta através da Transcriação, é o objetivo desta comunicação.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.