A narrativa da memória traumática será pensada como base para a compreensão dos dispositivos de defesa de narradores performáticos nos testemunhos da catástrofe. A narrativa testemunhal produzida sobre as experiências traumáticas possuem particularides que diferenciam essas narrativas de outras produzidas sem o peso de uma experiência catastrófica, como a Shoah e as ditaduras do Cone Sul. Neste trabalho analisaremos os testemunhos de Primo Leve em A Trégua; Anne Frank em O Diário de Anne Frank; Flávio Tavares em Memória do Esquecimento; e Frei Betto em Batismo de Sangue. Em busca de apresentar as estratégias de defesa presentes em tais narrativas.