A JANGADA DE JOSÉ SARAMAGO E UM CONTINENTE EM CRISE
"2013-07-12 00:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php #connection: "mysql" +table: "artigo" #primaryKey: "id" #keyType: "int" +incrementing: true #with: [] #withCount: [] +preventsLazyLoading: false #perPage: 15 +exists: true +wasRecentlyCreated: false #escapeWhenCastingToString: false #attributes: array:35 [ "id" => 4323 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 1027 "inscrito_id" => 1332 "titulo" => "A JANGADA DE JOSÉ SARAMAGO E UM CONTINENTE EM CRISE" "resumo" => "No romance A jangada de pedra, de José Saramago, o conceito de deslocamento norteia a elaboração do livro, que alegoriza uma aproximação de Portugal e Espanha com os continentes americano e africano, de modo a sugerir uma identificação desses países ibéricos com a América Latina e a África e uma reformulação de antigas relações e posições de poder. Essa experiência de errância e deslocamento dialoga com um posicionamento otimista que vê no deslocamento a possibilidade de encontro entre as adversidades, quebrando com os essencialismos entre as culturas e apostando na tradução cultural como meio de amadurecimento da política internacional. Saramago, por meio do deslocamento da Península Ibérica, faz uma provocação a todo o continente europeu. Provoca, sobretudo, sua imobilidade diante das mudanças políticas, econômicas e culturais do mundo, em que novos agentes despontam no cenário internacional e, consequentemente, novas políticas de representação internacional são requeridas e novos valores culturais emergem e contestam a soberania eurocêntrica no mundo. Assim, o estudo do caso Português permite pensar, além das relações entre colônias e ex-colônias, a identidade e o lugar hoje de Portugal e da Europa no mundo. Saramago publica o romance em 1986, mas já exprime nas páginas do livro uma sensação de mal-estar que, de acordo com nossa leitura, indicia uma crise que se consolida como uma realidade décadas mais tarde. O romance sugere uma crise entre Portugal/Espanha e Europa, uma crise de representatividade e participação desigual entre os países europeus e uma crise potencial da soberania europeia, que implica possíveis mudanças políticas, econômicas e ideológicas que descentrem o lugar e a imagem da Europa em relação ao mundo. Portanto, A jangada de pedra indicia, por meio da movimentação espontânea da Península, intercâmbios culturais que potencializariam mudanças nas hierarquias culturais deixadas pelo eurocentrismo e uma rearticulação das nações no mundo." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_1332_883ef445818f987cc680fac6c6fa7153.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26" "ativo" => 1 "autor_nome" => "GISLENE TEIXEIRA COELHO" "autor_nome_curto" => "GISLENE" "autor_email" => "gislene.coelho@ifsudestem" "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #original: array:35 [ "id" => 4323 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 1027 "inscrito_id" => 1332 "titulo" => "A JANGADA DE JOSÉ SARAMAGO E UM CONTINENTE EM CRISE" "resumo" => "No romance A jangada de pedra, de José Saramago, o conceito de deslocamento norteia a elaboração do livro, que alegoriza uma aproximação de Portugal e Espanha com os continentes americano e africano, de modo a sugerir uma identificação desses países ibéricos com a América Latina e a África e uma reformulação de antigas relações e posições de poder. Essa experiência de errância e deslocamento dialoga com um posicionamento otimista que vê no deslocamento a possibilidade de encontro entre as adversidades, quebrando com os essencialismos entre as culturas e apostando na tradução cultural como meio de amadurecimento da política internacional. Saramago, por meio do deslocamento da Península Ibérica, faz uma provocação a todo o continente europeu. Provoca, sobretudo, sua imobilidade diante das mudanças políticas, econômicas e culturais do mundo, em que novos agentes despontam no cenário internacional e, consequentemente, novas políticas de representação internacional são requeridas e novos valores culturais emergem e contestam a soberania eurocêntrica no mundo. Assim, o estudo do caso Português permite pensar, além das relações entre colônias e ex-colônias, a identidade e o lugar hoje de Portugal e da Europa no mundo. Saramago publica o romance em 1986, mas já exprime nas páginas do livro uma sensação de mal-estar que, de acordo com nossa leitura, indicia uma crise que se consolida como uma realidade décadas mais tarde. O romance sugere uma crise entre Portugal/Espanha e Europa, uma crise de representatividade e participação desigual entre os países europeus e uma crise potencial da soberania europeia, que implica possíveis mudanças políticas, econômicas e ideológicas que descentrem o lugar e a imagem da Europa em relação ao mundo. Portanto, A jangada de pedra indicia, por meio da movimentação espontânea da Península, intercâmbios culturais que potencializariam mudanças nas hierarquias culturais deixadas pelo eurocentrismo e uma rearticulação das nações no mundo." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_1332_883ef445818f987cc680fac6c6fa7153.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26" "ativo" => 1 "autor_nome" => "GISLENE TEIXEIRA COELHO" "autor_nome_curto" => "GISLENE" "autor_email" => "gislene.coelho@ifsudestem" "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #changes: [] #casts: array:14 [ "id" => "integer" "edicao_id" => "integer" "trabalho_id" => "integer" "inscrito_id" => "integer" "titulo" => "string" "resumo" => "string" "modalidade" => "string" "area_tematica" => "string" "palavra_chave" => "string" "idioma" => "string" "arquivo" => "string" "created_at" => "datetime" "updated_at" => "datetime" "ativo" => "boolean" ] #classCastCache: [] #attributeCastCache: [] #dates: [] #dateFormat: null #appends: [] #dispatchesEvents: [] #observables: [] #relations: [] #touches: [] +timestamps: false #hidden: [] #visible: [] +fillable: array:13 [ 0 => "edicao_id" 1 => "trabalho_id" 2 => "inscrito_id" 3 => "titulo" 4 => "resumo" 5 => "modalidade" 6 => "area_tematica" 7 => "palavra_chave" 8 => "idioma" 9 => "arquivo" 10 => "created_at" 11 => "updated_at" 12 => "ativo" ] #guarded: array:1 [ 0 => "*" ] }