Artigo Anais ABRALIC Internacional

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-157X

PELAS GALERIAS D'A CAUSA SECRETA: O OLHAR IRÔNICO E PÓS-MODERNO DE MACHADO DE ASSIS AO SEU TEMPO

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Publicado em 12 de julho de 2013

Resumo

As correntes ideológicas do século XIX, a saber, o Positivismo, o Evolucionismo e o Darwinismo, marcaram de modo singular a produção ficcional de muitos escritores, como parece ser o caso do português Eça de Queirós. Em geral, a crítica literária situa Machado de Assis longe dessa tendência cientificista, uma vez que “[...] teve mão de artista bastante leve para não se perder nos determinismos de raça ou de sangue que presidiriam aos enredos e estofariam as digressões dos naturalistas de estreita observância.” (BOSI, História concisa da Literatura Brasileira, 1994, p. 180). Os questionamentos sugeridos por Machado de Assis na narrativa de “A causa secreta”, conto de 1885, não parecem sinalizar, porém, uma perspectiva definitiva, no sentido de concordar ou não com os pressupostos científicos e expressá-los ou não no interior do texto literário. Ao contrário, em “A causa secreta”, essas dualidades centralizadoras dão lugar aos questionamentos não totalizadores sobre a natureza da literatura e a constituição da personagem feminina no momento literário do século XIX e, é claro, às problematizações relacionadas ao exagerado cientificismo presente nesse século. Acreditamos que a ironia, ao contrariar o imediatismo da linguagem, constituindo-se a partir de um descompasso, favorece a criação de um “espaço” mais poético no interior dessa narrativa, propiciando a manutenção de ambiguidades e dissonâncias que parecem aproximar Machado de Assis da tendência que se convencionou chamar “pós-modernidade”. Sempre interessado em problematizar sem, no entanto, resolver – fechando – as questões trazidas para a narrativa, Machado lança mão de expedientes literários diversos para questionar o ambiente literário do século XIX: a própria caracterização de “sua” Maria Luísa, em “A causa secreta” reporta-nos ironicamente – e, portanto, de maneira não fixa – à Luísa queirosiana. Por meio desta proposta, queremos, pois, propor um estudo da ironia em “A causa secreta”, tendo em vista as inquietações machadianas possivelmente representadas nessa narrativa.

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