Introdução: A promoção à saúde constitui um dos principais modelos teórico-conceitual que suportam as políticas de saúde e destaca-se a autoeficacia como um dos seus princípios fundamentais, que constitui a crença ou a confiança que uma pessoa tem em sua capacidade de realizar um comportamento visando um resultado específico. Nesse sentido, a autoeficácia tem sido relacionada à adesão ao uso de medicamentos, além de questões sociais, culturais e econômicas. Objetivo: Verificar a autoeficácia na adesão ao uso de psicotrópicos. Método: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório com abordagem quantitativa, realizado no Centro de Atenção Psicossocial do município de João Pessoa, Paraíba, Brasil. Amostra censitária, os participantes responderam aos instrumentos sociodemográfico e Escala de Expectativa de Autoeficácia do tratamento medicamentoso. Resultados: Os maiores níveis de autoeficácia foram relacionados às situações: “Se estiver me sentindo doente”, 94,6% afirmaram certeza que tomariam o medicamento, “Se estiver nervoso ou irritado” (89,2%), “Se estiver bem de saúde” (75,7%) e “Se não estiver sentindo os sintomas da doença” (67,6%). Os baixos níveis de autoeficácia foram na situação: “Se os remédios estão me causando um efeito ruim”, 45,9% responderam ter certeza que tomariam e 29,7% que achavam que tomariam os psicotrópicos. Conclusão: Os participantes desse estudo apresentaram alta autoeficácia para o uso de psicotrópicos, principalmente em situações relacionadas aos sinais e sintomas próprios dos transtornos mentais. A assistência de enfermagem foi promotora da melhora da autoeficácia, da autonomia e da qualidade vida por meio da educação em saúde.