A Leishmaniose Visceral é tida como uma das seis endemias prioritárias no mundo, sendo considerada um grave problema de saúde pública. Diante disso, este trabalho tem como objetivo analisar a taxa de letalidade da LV na Região Nordeste entre 2008 e 2017 e seus aspectos epidemiológicos. Trata-se de um estudo ecológico com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados na base de dados do SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foi calculado a Taxa de Letalidade e a variação percentual apresentada entre os períodos estudados. Os dados foram submetidos e analisados ao software R. Os resultados revelaram que no Brasil foram registrados entre 2008 e 2017 no total 2.524 óbitos por LV, sendo que 1.270 (50,32%) foram ocorreram na Região Nordeste. No período de 2008-2012 o Estado da Paraíba foi o que apresentou a maior taxa da região, registrando uma letalidade de 9,6%. Já entre 2013-2017 o estado de Sergipe foi o de maior letalidade com 13,79%. Todos os estados apresentaram aumento na Taxa de Letalidade entre os períodos de 2008-2012 e 2013-2017, com exceção de Piauí, Paraíba e Alagoas que apresentaram queda dessa taxa. Nos dois períodos analisados a LV provocou mais óbitos em indivíduos do sexo masculino, menores de 4 anos, com escolaridade da 4ª a 8ª série incompleta do EF. Diante disso, conclui-se que há necessidade de investimentos por parte das autoridades na priorização e readequação das ações de melhoria nos campos da assistência, vigilância e controle da doença.