A violência contra a mulher foi vista por muito tempo como uma preocupação cabível apenas a segurança pública e a esfera do direito, sendo negligenciada no âmbito da saúde, gerando a escassez de atendimento à essa mulher vítima de violência, seja ela do tipo que for. Tal violência é considerada um problema enraizado culturalmente que traz uma verdadeira desigualdade entre os gêneros, colocando o sexo masculino em um nível hierárquico mais elevado que o feminino, tendo as mulheres que se portarem como submissas e inferiores aos homens. Com base nisso, a PNAISM instituída em 2004, garantiu a essas mulheres o acesso ao sistema de saúde. A referida pesquisa objetiva explorar os aspectos envolvidos na atuação do enfermeiro frente a mulheres vítimas de violência, bem como possíveis encaminhamentos e destacar as medidas preconizadas na PNAISM e Protocolo da Atenção Básica. Para o tratamento e análise dos dados utilizou-se da técnica de análise de conteúdo categorial proposta por Bardin (2011), em que se dividiu os resultados encontrados em duas categorias temáticas: Contextualizando a violência contra a mulher e A assistência de enfermagem a mulher vítima de violência. Entende-se que a violência contra a mulher, nos seus diferentes tipos, é algo muito comum e presente na sociedade atual apesar do avanço nos conhecimentos e políticas que visam o amparo à essas vítimas e punição dos agressores, com isso, torna-se imprescindível que haja a implementação de preparo profissional nas grades curriculares do curso de enfermagem, como também em outros cursos na área da saúde.