SOARES, Olga Maria De Araújo. Inclusão escolar: um desafio na atualidade. Anais IV CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/37188>. Acesso em: 22/11/2024 00:30
Este artigo apresenta o relato de uma pesquisa sobre a representação de crianças e adolescentes sobre a inclusão escolar. Utilizou-se neste estudo o Método Clínico, sendo os dados coletados por meio de entrevista clínica. A utilização do Método Clínico baseia-se no pressuposto de que os sujeitos têm estrutura de pensamento coerente, constroem representações da realidade ao seu redor e revelam isso durante a entrevista ou por meio de suas ações. Para isso, há a intervenção sistemática do experimentador diante da conduta do sujeito, colocando-o em uma situação problemática que ele tem que resolver ou explicar, e a partir da atuação do sujeito, colocando-o em uma situação problemática que ele tem que resolver ou explicar, e a partir da atuação do sujeito novas intervenções são feitas com o objetivo de esclarecer qual o sentido do que ele está fazendo ou falando. A utilização desse método se baseia no pressuposto de que os sujeitos têm suas próprias ideias sobre o mundo à sua volta, que não são mera cópia da realidade do que recebem. Os dados sofreram análise qualitativa, e as respostas dos sujeitos foram agrupadas em níveis de compreensão social. Os resultados indicaram que as crianças e adolescentes, mesmo não vivenciando a inclusão em suas escolas, têm o que dizer sobre esse processo. Além disso, essa representação é construída ao longo do desenvolvimento humano, ou seja, não somente quando o sujeito é mais velho. Entende-se que um aspecto positivo para a construção de uma escola inclusiva seria que as crianças e adolescentes pudessem vivenciar suas experiências para que, com a ajuda do professor, pudessem articulá-las, proporcionando construções mais adequadas de respeito e valorização da diversidade para que não sejam formadas atitudes negativas em relação aos colegas com deficiência.