O presente artigo é resultante de pesquisa desenvolvida no Curso de Especialização em Docência na Educação Infantil entre os anos de 2014 e 2015. Procuramos analisar e debater como a formação de professores se efetiva frente ao artigo 26 A da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação no espaço de Coordenação Pedagógica ou Planejamento Coletivo, de modo a promover uma Educação para as relações étnico-raciais e, por conseguinte, o respeito à diversidade étnica. Analisar o impacto que a legislação dispõe para normatizar e orientar as práticas pedagógicas que atendam a uma educação das relações étnico-raciais, já na Educação Infantil, primeira fase da educação básica. Nosso ponto de partida, foi o diagnóstico a partir dos conhecimentos que os docentes que atuam com crianças na faixa etária de 4 a 6 anos, numa escola pública do Distrito Federal, já dispunham acerca da legislação vigente, juntamente com questões norteadoras sobre a temática. Situamos este estudo tendo como base uma abordagem qualitativa numa perspectiva histórico cultural de Vygotsky (2001) e aporte sobre a Subjetividade de González Rey (2005). Utilizamos como instrumentos, entrevistas aos docentes e debates a partir da análise de cenas e situações ocorridas no ambiente escolar. Elaboramos, com a participação dos sujeitos da pesquisa (professores e coordenadores), materiais e estratégias pedagógicas variadas (oficinas, estudos, esquetes, fantoches, músicas, instrumentos de percussão) a fim de intervir no contexto e nos episódios debatidos. Quase a totalidade dos professores participantes da pesquisa demonstrou algum conhecimento sobre a legislação ou sobre a temática das relações étnico-raciais e já planejavam intervenções pedagógicas que eram discutidas no grande grupo – nos planejamentos coletivos - como forma de atuarem com esse tema junto às crianças, constituindo assim, espaço de formação pedagógica.