A violência intrafamiliar é um tema que muito se discute, sendo um fator de muita preocupação, pois ocupam altos índices estatísticos. A partir dos levantamentos sobre as causas de violência, foi discutido a forma do atendimento das crianças vítimas de violência, tendo em vista a proposta de inclusão social com base na educação especial. O Abrigo Cordeirinho de Deus abriga doze crianças de 6 a 12 anos, todas vítimas de violências causadas no seio familiar e que por determinação do poder judiciário, fazem cumprir o direito da inviolabilidade. A educação especial atua no atendimento das pessoas marginalizadas desenvolvendo trabalhos educacionais para a inclusão social das pessoas de acordo com cada cultura vivida, respeitando suas características sociais e intermediando a busca do conhecimento para o desenvolvimento pessoal e profissional. O abrigo apresenta em sua estrutura física e em seu currículo pedagógico, as práxis educacionais, sem o aparato administrativo de uma escola e por isso é reconhecido como um ambiente de educação não formal. Para o embasamento deste trabalho foram feitos estudos bibliográficos com referenciais teóricos para o enriquecimento do debate neste estudo. No decorrer desta produção, foram exibidos de formas implícitas os objetivos sobre o atendimento das vítimas de violência intrafamiliar e a importância do resgate do papel social dos atores visando ressocializar essas pessoas dentro das práticas educativas e da educação especial no processo de inclusão. Percebe-se a importância de desenvolver a autonomia e a identidade para que haja valorização do ser humano, a fim de que ele exerça sua capacidade de promover um futuro mais humano e igualitário.