A escola e os profissionais da educação vivenciam atualmente um permanente estado de atenção para se adaptarem às constantes transformações que acontecem no mundo, fomentando a construção de processos que consigam acompanhar essas mudanças. A Geografia é uma área do conhecimento que tem como cerne o estudo do espaço produzido pelas sociedades, sendo fundamental para a interpretação das mudanças mencionadas. A prática pedagógica na Geografia deve ser desenvolvida de forma dinâmica, criativa e crítica, a fim de instigar os sujeitos a pensarem cotidianamente o espaço, enxergando as nuances que o permeiam. Este artigo traz, portanto, reflexões sobre a contribuição do lúdico nos processos de ensino e aprendizagem da Geografia, tendo como campo de estudo experiências desenvolvidas no âmbito do Curso de Licenciatura em Geografia do IFBA, Campus Salvador. Percebemos que muitas áreas do conhecimento investigam as funções das atividades lúdicas no desenvolvimento humano. Aqui entendemos o conceito de lúdico sob duas vertentes: como dinâmica interna do sujeito e como elemento externo ao sujeito, propondo uma inter-relação. Temos como objetivo analisar a influência e contribuições da ludicidade nos processos de ensino e aprendizagem da Geografia, na educação básica e na formação de professores. A metodologia aqui utilizada foi baseada em pesquisas e leituras bibliográficas, além da análise de experiências vividas no estágio supervisionado e na licenciatura. Para o embasamento teórico-conceitual utilizamos autores, como: Cipriano Luckesi (1998), Cristina D’Ávila (2006), Dídima Andrade (2013), dentre outros. Constatamos que a prática pedagógica no ensino da Geografia pautada na correlação entre brincar e o aprender tende a dinamizar os seus processos, tornando essa área mais atrativa para os sujeitos. O planejamento e realização de atividades lúdicas, com discentes de uma turma do ensino médio do IFBA e com outra do ensino superior, evidenciaram como a ação pedagógica na Geografia pode ser envolvente e significativa. Por isso, defendemos a dinâmica interna e externa da ludicidade, valorizando a ideia de que o desejo do sujeito e a inserção de recursos no cotidiano escolar, articuladamente, podem fazer efetiva diferença na ação pedagógica.