Embora as sociedades contemporâneas reconheçam a importância dos professores para a oferta de uma educação de qualidade, existe um grave problema a ser enfrentado, que é a formação desses profissionais. A formação docente é fator primordial para melhorar a Educação no país e significa um ponto nevrálgico nas políticas públicas, uma questão que vem se arrastando há muito tempo e que permanece longe de ser solucionada adequadamente. No que tange à Educação Profissional observa-se que esta modalidade de ensino ainda não possui um lugar de prestígio e investimento, apesar de sua importância para os setores produtivos do país. Haja vista que ainda se percebe a dualidade entre educação e trabalho, que se concretiza pela oferta de escolas de formação profissional e escolas de formação acadêmica para o atendimento de populações com diferentes origens e destinação social. Assim, na tentativa de oferecer uma contribuição ao IV Congresso Nacional de Educação – CONEDU, que este ano aborda os desafios atuais da educação brasileira, este trabalho suscita uma reflexão sobre a formação docente para a EP, a partir da análise de três contextos diferentes. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica em fontes e documentos que abordam o assunto, em que foi observada pouca visibilidade no campo acadêmico da Educação Profissional, e, consequentemente, a carência de pesquisas e de estudos sobre a formação docente para esta modalidade de ensino. Destaca-se o impacto da reforma ocorrida no Brasil, na Argentina e no Chile, em que dois pontos nevrálgicos permanecem: a carência de professores qualificados e o trabalho docente realizado de maneira precária. Essa situação conduz à rotatividade de professores substitutos, gerando a necessidade de constante capacitação.