A Lei Maria da Penha criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. O presente artigo foi desenvolvido a partir de um filme publicitário intitulado de “Você É Mais Forte Que o Medo”, e foi construído a partir da análise pautada pela observação, interpretação e levantamento de dados sobre o tema. Com o objetivo geral de analisar e mapear os discursos do filme publicitário e como objetivos específicos de problematizar a consolidação da violência entre homens e mulheres e apresentar os diversos tipos de violências não consolidadas a partir das falas do filme publicitário. Como referencial teórico foi utilizado Michel Foucault, mais precisamente a compreensão sobre jogos de poder e da Lei Maria da Penha como tecnologia de governo de vida. As análises seguiram o roteiro em que o filme é construído, a partir dos elementos linguísticos e visuais apresentados, sendo analisadas todas as falas e movimentos. Com o material levantado e analisado, e considerando a Lei Maria da Penha como ferramenta de inovações nas vidas cotidianas, é possível expor o intuito do filme de desfazer estereótipos presentes em situações de violência, desde da apresentação das vozes e na ênfase para além de relações heterossexuais. Desfazendo, assim, de estereótipos que são produtores e reprodutores de opressão.