O presente trabalho é oriundo das pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/ Instituto Multidisciplinar pelo Grupo de Pesquisa Gênero, Sexualidade, Infância e Educação (GESIED). O objetivo deste estudo visa analisar a representação social dos alunos do curso de Pedagogia da referida Universidade acerca da carreira docente na Educação Infantil. Para isso, buscou-se entender através da construção histórica da educação como se deu o processo de feminização do magistério e consequentemente o afastamento da figura masculina dos espaços reservados à criança. Esta pesquisa de caráter qualitativo utilizou como metodologia a análise de um questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas aplicado a cinco alunos do gênero masculino do curso de Pedagogia. Com base nos resultados, é possível afirmar que apesar de os discentes afirmarem que a docência masculina deva ser tratada com naturalidade, os mesmos pontuam que não se sentem mobilizados a ingressarem na área devido à complexidade dos questionamentos e críticas por parte da sociedade. Diante disso, pontuamos que apesar dos consideráveis avanços em termos de discussões sobre a temática gênero e sexualidade, faz-se necessário intervenções tanto na academia quanto nos espaços que transcendam seus limites, oportunizando uma formação emancipatória que vise à análise crítica dessas questões, almejando a concretização de uma sociedade mais justa e igualitária.