A instituição escolar tem um forte papel em distinguir e normalizar. Ao longo da história desenvolveu diversos mecanismos de disciplinarização a fim de garantir a norma. Em uma sociedade em que o normal é masculino, cisgênero, binário e heterossexual o espaço das mulheres e LGBT’s tem sido o da subalternidade. O tradicional não-dizer sobre o gênero e sexualidade impõe a esses sujeitos a posição de um não-lugar, trata-se de uma pretensão de eliminá-los do conjunto das possibilidades de existência e/ou de subalternizá-los. Falar de gênero e identidade de gênero na escola é então imprescindível para uma educação que se compreenda enquanto democrática e inclusiva. A intervenção do PIBID-UFBA de Sociologia no Colégio Estadual Thales de Azevedo relatada aqui vem no sentido de pôr em prática uma perspectiva pedagógica que dignifique esses sujeitos e revele os processos pelos quais alguns são normalizados e outros marginalizados.