Considerando que a produção textual consiste na competência de elaborar e redigir textos a partir de reflexões mediadas sobre o que se propõe escrever, essa prática exige um planejamento e metodologias que favoreçam o desenvolvimento dessa competência. Entretanto, é possível perceber que esse é um grande problema enfrentado nas escolas brasileiras, pois as práticas de leitura e metodologias utilizadas em sala de aula geralmente deixam lacunas nas práticas da escrita. Porém, essa é uma das atividades que deveria valorizar o papel do sujeito na sociedade, pois através de seu posicionamento crítico, apresentado em suas produções, o indivíduo tem a possibilidade de interagir e argumentar acerca dos assuntos e problemas enfrentados em seu meio social. Partindo desse contexto, o presente trabalho tem como objetivo analisar a prática do docente tendo em vista quais os mecanismos e ferramentas que ele se utiliza para trabalhar a produção textual em sala de aula, bem como a resistência e dificuldades apresentadas pelos alunos na modalidade escrita. A metodologia utilizada no primeiro momento se constitui em uma pesquisa bibliográfica baseada em teóricos como Bakhtin (1997), Bonini (1998), Broncart (1999), Geraldi (1985), Koch (2009), Lajolo (1982), Marcuschi (2002), PCNs (1998) e Travaglia (2009). Dando continuidade, a pesquisa também se constitui na observação do estágio supervisionado em uma turma de 8° Ano do Ensino Fundamental II numa escola da rede pública na cidade de Belém do Brejo do Cruz – PB. Por fim, foi possível perceber que a escola observada se apresenta como um espaço que ainda resiste aos novos direcionamentos de ensino, trabalhando a produção textual com práticas rotineiras e descontextualizadas, sem considerar os conhecimentos prévios do aluno, dificultando assim o processo de ensino-aprendizagem resultando em produções textuais que se configuram de maneira mecânica e sem sentido.