A pesquisa analisa a recepção dos alunos acerca do movimento literário modernista brasileiro, em sua primeira fase. Esse conteúdo é trabalhado no terceiro ano do ensino médio nas aulas de Literatura e, normalmente, causa espanto nos alunos por suas inovações. Os maiores expoentes desse movimento viam a necessidade de revolucionar o cenário cultural, em sua visão, adormecido. Tratava-se de um panorama político considerado monótono, repetitivo e muito submisso à cultura europeia. Por isso, lançaram novos fazeres artísticos cuja proposta principal era criar uma identidade nacional, como forma de romper o laço de subordinação brasileira aos europeus, sobretudo aos portugueses, por raízes históricas, a saber: a colonização lusitana. Desconstruir a Língua Portuguesa, adaptando-a a realidade nacional foi um dos exemplos desse “rompimento”. Apresentar o Brasil de forma crítica foi outra meta do nacionalismo modernista, todavia não faltando ao movimento humor, ironia e irreverência ao retratar o País. A descrição analítica desse contexto histórico são fundamentos teóricos do estudo mediante procedimentos da pesquisa bibliográfica. Tais considerações contribuíram para a reflexão, descrição e análise das obras literárias selecionadas. O procedimento da pesquisa qualitativa foi alternativa adotada para investigar a realidade educacional, na interpretação dos dados obtidos de questionário aplicado com os alunos. A análise e interpretação dos dados revelaram que o corpo discente, em sua maioria, condenou a linguagem adotada por transgredir a gramática normativa, aprovou os textos de teor mais crítico da realidade brasileira e por fim compreendeu o Modernismo como uma forma de alcançar-se uma identidade nacional.