A obra Maravilhas das mil e uma noites constitui-se de uma coletânea de contos populares bastante atraentes, com invenção e preservação na tradição oral, a partir de princípios culturais. É o primeiro de quatro volumes, de uma adaptação feita por Aguiar (2007). Apresenta seis contos infanto-juvenis, revelando heróis, magos, demônios, seres encantados e até cidade que “não é habitada por nenhum ser possuidor de alma” (AGUIAR, p. 59). Os textos não apresentam grandes recursos estilísticos, entretanto garantem o mérito de encanto das narrativas que, embora envoltas nos vieses da Literatura Fantástica, revelam aspectos socioculturais característicos das regiões originárias das histórias. Através destas inferências, é possível perceber desigualdades sociais, semelhantes às presentes nas sociedades do Ocidente. Maravilhas das mil e uma noites é considerada literatura universal, embora não haja consenso sobre a real versão da obra. O objetivo deste trabalho é despertar nos jovens a capacidade argumentativa a partir da literatura como arte crítico-reflexiva. Como metodologia, os pibidianos utilizaram leituras de trechos desse conto em sala de aula para que os alunos percebessem o quanto a persuasão e a argumentação são necessárias para formular a proposta de solução de um problema tão aguardada, em especial, na prova de redação do ENEM. Resende (2003) e Méllo (2008) são as principais referências aqui, para melhor embasamento teórico. Como resultado, espera-se que os alunos percebam que, por meio da literatura, podem melhorar seus princípios argumentativos ou práticas de fundamentação convincente, tendo em vista as propostas de produções textuais presentes nas práticas de ensino regular e nas diversas avaliações externas que fazem periodicamente.