ALVES, Samara De Morais. Avaliação da capacidade funcional em idosos: um estudo longitudinal. Anais I CNEH... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/24372>. Acesso em: 28/12/2024 00:33
A capacidade funcional, especialmente a dimensão motora, é um dos importantes marcadores de um envelhecimento bem sucedido e da qualidade de vida dos idosos. A perda dessa capacidade está associada à predição de fragilidade, dependência, institucionalização, risco aumentado de quedas, morte e problemas de mobilidade. Neste contexto, este estudo tem como objetivo avaliar a capacidade funcional em idosos participantes do Programa Universidade Aberta no Tempo Livre DEF/CCBS/UEPB nos anos 2010, 2012, 2015 e 2016. Esta pesquisa é do tipo Quasi experimental, quantitativa e de caráter longitudinal. Participaram desta pesquisa, 19 idosos que fizeram parte das coletas de 2010, 2012 e 2015 e assim, apresentando os critérios mínimos de saúde observados na anamnese participaram da coleta realizada em 2016. No estudo, foram analisadas as variáveis da capacidade funcional por meio da bateria de testes motores da AAHPERD e o nível de atividade física avaliado pelo questionário modificado para idosos Baecke. A coleta de dados foi realizada em duas etapas. Na 1ª etapa, realizada em banco de dados das pesquisas desenvolvidas nos anos 2010, 2012, 2015; na 2ª etapa foi realizada nova avaliação da capacidade funcional e do nível de atividade física, precedidas de anamnese. Após a análise dos resultados verificou-se que tanto o nível de atividade física quanto a capacidade funcional melhoraram consideravelmente ao longo dos anos. Não houve correlação linear entre as variáveis Geral de Baecke com cada uma das variáveis de AAHPERD em nenhum dos anos estudados, pois o coeficiente de correlação linear de Pearson foi muito próximo à zero, tanto no sentido positivo quanto negativo. Desta forma, os achados do estudo apontam para a importância de políticas públicas de incentivo à prática de atividade física sistematizada, cabendo, portanto, a sociedade e aos profissionais de Educação Física a construção e viabilização de projetos e programas direcionados à prática de atividade física, na perspectiva de se ter uma população idosa cada vez mais ativa e consequentemente com maior qualidade de vida e autonomia.