INTRODUÇÃO: No processo de envelhecimento, várias mudanças podem ser observadas, dentre essas, alterações físicas que podem levar às limitações na capacidade do idoso em desempenhar as chamadas atividades básicas de vida diária. OBJETIVO: Analisar as alterações físicas presentes em idosos atendidos na atenção básica de saúde. METODOLOGIA: Estudo transversal realizado em Unidades Básicas de Saúde em Natal, com amostra de 100 idosos. Os dados foram coletados de janeiro a abril de 2015, a partir de um instrumento contendo itens sobre aspectos do exame físico. Os dados foram analisados pelo IBM SPSS Statistic, sendo verificada a estatística descritiva e verificado a normalidade dos dados por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob o nº de protocolo 912.088. RESULTADOS: Os idosos avaliados apresentaram na avaliação geral, palidez (12%), higiene corporal e oral deficitária em 7% e 23%, respectivamente. No seguimento da cabeça e pescoço: acuidade diminuída (78%), desses, 76% utilizavam óculos, 17% apresentavam as pálpebras edemaciadas, 1% tinha ptose palpebral, 22% possuíam halitose, 92% não tinham a arcada dentária completa, assim, 83% faziam uso de prótese completa, 31% apresentavam língua saburrosa e 5% tinham batimento assimétrico das carótidas. No seguimento torácico, 1% tinha sopro carotídeo, 14% tórax escavado e 2% em formato de barril, o ritmo respiratório era anormal em 10%, na ausculta pulmonar identificou-se ruídos adventícios em 14%, na ausculta cardíaca verificou-se sopro em 8%, 22% necessitava mudar de posição para respirar melhor e 22% utilizava musculatura acessória. Na avaliação abdominal, 64% apresentavam abdome globoso e 4% possuíam os ruídos hidroaéreos hipoativos. Referente aos membros, 5% exibiam a musculatura hipotrófica e 2% hipertrófica, 53% tinham varizes, 6% claudicavam, e 2% deambulavam com ajuda. CONCLUSÃO: Conclui-se que os idosos pesquisados não apresentavam grandes problemas físicos, entretanto, embora essas alterações não sejam sinais de alarme, devem ser mais bem investigados pela equipe de saúde, com vistas à prevenção de eventuais problemas de saúde.