Compreendendo a adolescência como um período da vida construído historicamente e sendo concebido e significado, pelos homens, a partir da cultura, do contexto social, político e econômico, procuraremos neste artigo, compreender como se dá o processo de vivência da adolescência em um contexto de (re)significação de um adolescente em situação de rua para um sujeito de direitos. Para alcançar esse objetivo, inicialmente realizamos um estudo bibliográfico sobre a construção sócio histórica do “menor de rua” no nosso País, para entendermos como a situação desses adolescentes foi influenciada a partir do descobrimento do Brasil, do processo de desenvolvimento e algumas, de suas consequências para a vida dos jovens pertencentes as famílias pobres. Em seguida, realizamos um estudo de caso com um adolescente de Campina Grande- PB, que vive em situação de rua e buscando compreender a construção da subjetividade desse sujeito, com base nas análises realizadas por Calil (2003). O estudo realizado nos fez perceber que apesar da existência de uma legislação que trata sobre os direitos da Criança e do Adolescente, ainda tem muito a ser feito, pois é visível a quantidade de crianças e adolescentes vivem do em situação de rua, sem ter seus direitos básicos garantidos, como por exemplo alimentação, moradia, saúde e educação. Percebemos que apesar da existência do Estatuto da Criança e do Adolescente, ainda tem muita coisa a ser realizada, pois é preocupante a situação de crianças e adolescentes que vivem em situação de rua, sem ter a garantia de seus direitos básicos, tais como a alimentação e a moradia, para a sua sobrevivência.