o acesso das pessoas com deficiência ao ensino superior vem se ampliando significativamente nos últimos anos, no entanto as discussões voltadas à inclusão nesse nível de ensino ainda são escassas. Pouco se tem abordado este processo de inclusão no ensino superior, deixando uma lacuna sobre a opinião dos alunos com deficiência sobre a realidade na qual estão inseridos atualmente. O presente artigo abordou o processo de inclusão de alunos com deficiência no Ensino Superior, de forma a explorar como os estudantes com deficiência estão presenciando as atitudes frente a sua condição, bem como as respostas as suas necessidades pedagógicas. Trata-se de um estudo exploratório de caráter qualitativo, onde o método utilizado é o estudo de casos múltiplos. A análise dos dados coletados foi realizada por meio da técnica de análise de conteúdo proposta por Laurence Bardan. Foram entrevistados três alunos regularmente matriculados e frequentes em instituições de ensino superior do município de Juazeiro do Norte no ano de 2016. Foi possível perceber por meio dos relatos, que o acesso às pessoas com deficiência no ensino superior tem se democratizado, mas que persistem barreiras à inclusão, relacionadas à comunicação, aos equipamentos e recursos pedagógicos. Os dados apontam para a importância de incluir os estudantes não só fisicamente nas universidades, mas também torná-los sujeitos participantes do processo inclusivo, dando importância às suas necessidades individuais. São evidentes os muitos progressos no campo da educação inclusiva, no entanto, percebe-se a necessidade de maiores investimentos em materiais pedagógicos, qualificação de professores e em uma infra-estrutura adequada.