Introdução: a educação inclusiva surge para trazer benefícios para o desenvolvimento da pessoa deficiente, desde que sejam realizadas adaptações nas estratégias de ensino e nas propostas pedagógicas a fim de atender as necessidades educacionais dos mesmos, o que acaba se tornando um desafio para profissionais da área da educação, seja ela no ensino básico ou superior. Apesar da criação da Lei de diretrizes e bases da educação nacional, o processo inclusivo ainda apresenta dificuldades de implementação. Desta forma e, por ser a inclusão de alunos com deficiência no ensino superior, um desafio para o sistema educacional em nosso País, é de valia que estudos sobre esta temática sejam desenvolvidos para contribuir com a reflexão acerca deste assunto. Assim sendo, estabeleceu-se os seguintes questionamentos: Quais as principais dificuldades relatadas nas produções científicas brasileiras sobre a educação inclusiva no ensino superior? Qual a importância das estratégias de inclusão na promoção de um ensino de qualidade? Diante desta perspectiva, o estudo em apreço tem como objetivos descrever quais as principais dificuldades retratadas nas produções científicas brasileiras sobre a educação inclusiva no ensino superior, e identificar a importância das estratégias de inclusão na promoção de um ensino de qualidade. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada em agosto de 2016. Foram utilizados periódicos indexados a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), tendo como critérios de inclusão publicações em língua portuguesa, em forma de texto completo, que respondessem ao questionamento do estudo, respeitando o recorte temporal de 2010 a 2016. Os critérios de exclusão adotados foram artigos em língua estrangeira, que não estivessem disponíveis em texto completo, e que não respondessem ao questionamento em proposição. Resultados e discussão: É perceptível as dificuldades que a implementação da educação inclusiva vem sofrendo no Brasil. Assim, pode se inferir que as universidades caminham devagar no que diz respeito a conhecer e sanar as necessidades especiais de seus alunos. Mas, a inclusão social esperada destas instituições educadoras deve dizer também a respeito da capacitação dos professores. Especificamente sobre esta capacitação, detectou-se a necessidade de maior atenção na formação dos professores no que concerne a aspectos políticos e éticos, no intuito de trazer a educação inclusiva como colaboradora na qualidade da educação. Sobre a política de formação inclusiva, detectou-se a preocupação dos gestores do ensino superior em atender as políticas de inclusão, nos espaços físicos e na pedagogia adotada aos estudantes. Porém, concordam que existe o despreparo no atendimento a clientela com necessidades especiais, onde não existe o trabalho logístico compatível com as propostas de inclusão preconizadas pela legislação vigente. Conclusões: É perceptível a escassez de estudos sobre educação inclusiva no ensino superior do Brasil. A implementação das políticas públicas que regem a educação inclusiva ainda é incipiente na prática vivencial dos estudantes que apresentam alguma necessidade especial, mas existe um processo de melhoria em andamento no que diz respeito à adequação da estrutura física das instituições.