RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo fomentar uma discussão acerca das representações da Surdez, discorrendo, de forma breve, no percurso histórico. Este artigo busca entender como os Surdos são representados, propondo-se a uma análise sobre o ser Surdo enquanto diferença cultural, assim como sobre a forma desses sujeitos aprenderem e apreenderem o mundo pela Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. O trabalho pretende nos levar a uma reflexão sobre os modos de apreensão e comunicação dos indivíduos culturalmente constituídos e a não compreensão da família, sociedade e instituições de ensino ao jeito próprio de ser desses indivíduos enquanto cultura, identidade e alteridade. Ao Partir do modelo de educação de Surdos com os olhos voltados para política inclusiva, é que se percebe a lacuna por falta de conhecimento das instituições no que diz respeito aos Surdos e a Surdez. Discutiremos sobre a realidade de como estes sujeitos chegam às escolas e lhes é imposta a língua oral (português), ou por ignorância ou por não haver prioridade a uma educação que se adapte à forma de aprender desses sujeitos, ou ainda, vendo estes alunos como massa de modelar, que poderá ser moldado e encaixado dentro dos padrões de normalidade a partir da imposição de uma língua pertencente a um grupo majoritário. A partir da discussão empreendida, concluímos que, no presente artigo, o meio pelo qual as pessoas Surdas brasileiras ganharão poder e força e terão acesso ao conhecimento universal, é, sem dúvida, a Língua brasileira de Sinais – LIBRAS. O espaço que deve fomentar essas discussões é o escolar, a partir da organização de um currículo que também contemple uma pedagogia voltada para o aluno Surdo.