Este artigo é fruto das discussões, observações, análises e estudos que emergiram de uma pesquisa de campo realizada no município de Agrestina-PE, tendo como objeto de estudo os desafios formativos enfrentados e vivenciados pelos professores seja pela falta de experiência profissional para o trabalho de crianças com necessidades educativas especiais ou pela ausência de formação inicial e continuada dos docentes. Nossos dados foram colhidos através de entrevistas, conversas informais, diário de campo e observação participante onde elencamos duas categorias de análise, a primeira discutindo e refletindo sobre o conceito de inclusão e suas implicações no contexto escolar e a segunda estabelecendo diálogos entre os estudiosos da área e as experiências vivenciadas no campo empírico em relação à escassez de formação inicial e continuada adequadas para proporcionar suporte nas atividades pedagógicas pensadas, planejadas e desenvolvidas pelos professores para os alunos com necessidades educativas especiais. Dentre nossas vivências e experiências construídas em contato com os sujeitos de nossa pesquisa destacamos as angústias e os receios que permeiam as práticas e ações pedagógicas dos professores voltados para as crianças com necessidades educativas especiais. Inicialmente, nos comprometemos a apresentar a trajetória histórica da Inclusão destacando os avanços e os desafios no âmbito da escola e nos processos de formação inicial e continuada de professores. Logo após buscamos compor um diálogo entre teóricos, estudiosos e pesquisadores que tratam da inclusão e os dados colhidos em nossa pesquisa. Como resultado, concluímos ser primordial a formação inicial e continuada dos professores para que o processo inclusivo e atendimento de crianças com necessidades especiais possam, de fato, serem efetivadas.