A inserção da Língua Brasileira de Sinais como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação inicial de professores, constitui uma importante medida em prol de uma política linguística favorável à educação de surdos no Brasil. Tomando como base essa perspectiva, o presente trabalho objetiva refletir acerca do processo de inserção dessa disciplina nos cursos de graduação, observando os impactos causados na formação dos futuros professores no que concerne às compreensões sobre a educação de surdos, das questões culturais e identitárias e da inclusão da pessoa surda na rede regular de ensino. Nesse sentido, lançamos um olhar sobre a Lei 5.626/05, buscando identificar em que medida essa lei tem sido incorporada nos cursos de graduação das universidades públicas de Campina grande. Como metodologia, realizamos uma pesquisa qualitativa, do tipo exploratória. As reflexões desenvolvidas neste trabalho fundamentam-se na legislação referente ao ensino da Língua Brasileira de Sinais; em Skliar (1997), Hall (2011), Canen e Oliveira (2002), e Quadros (2006). Os resultados desse trabalhado indica que: o processo de inclusão ainda não existe efetivamente, mas já existe a conscientização de sua importância; a Disciplina de Libras contribui para a difusão de Libras, possibilitando o conhecimento da trajetória, da cultura e da identidade dos surdos e, criando condições para que a pessoa surda seja valorizada e respeitada. No entanto, identificamos que apenas uma Disciplina de Libras como componente curricular nos cursos de formação de professores é insuficiente para garantir a acessibilidade do surdo no sistema regular de ensino.