O ensino da Língua Portuguesa para pessoas surdas tem resultado em constantes fracassos ao longo da história da educação desses sujeitos. Diante disso, este artigo tem como objetivo principal investigar como acontece o processo de ensino da Língua Portuguesa como segunda língua (L2) por estudantes surdos no 5º ano do ensino fundamental, em uma escola púbica de referência da região metropolitana do Recife. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa que teve como sujeitos uma professora alfabetizadora e dez estudantes do 5º ano do ensino fundamental. Utilizamos como instrumento de coleta de dados uma entrevista semiestruturada e duas observações durante as aulas de Língua Portuguesa. Os dados revelam que não há incentivo na formação continuada por parte dos governantes, motivo pelo qual o ensino fica prejudicado. Entretanto, isso não inviabilizou a busca da professora que faz parte deste estudo, já que ela procurou fazer cursos de atualização e tem um bom domínio da Libras, dessa forma, o ensino da Língua Portuguesa é focado em ensino de L2, com uso de estratégias direcionadas para as pessoas surdas, uma vez que se constitui um público que percebe e compreende o mundo prioritariamente pela visão.