Neste artigo propomos uma análise bibliográfica e uma pesquisa de campo sobre o direito a inclusão escolar de autistas matriculados na rede municipal de ensino de Guarabira- PB, observando os desafios enfrentados pelos alunos com Transtorno do Espectro Autista na Escola Regular. A eficácia da educação especial ainda é um desafio em nosso pais. O autismo é uma síndrome que pode afetar o desenvolvimento global do indivíduo, incluindo alterações na comunicação e na aprendizagem. No Brasil, para fins legais, a partir da lei 12.764, de 27 de dezembro de 2012 (Lei Berenice Piana), o autista é considerado pessoa com deficiência. Antes dessa legislação, à criança autista não tinha proteção especifica as particularidades dessa síndrome. O processo de inclusão proporciona aos alunos autistas oportunidades de conviver com diversos indivíduos diferentes, estimulando suas habilidades sociais e favorecendo sua aprendizagem. Foi realizado um processo de revisão literária sobre o autismo, a inclusão escolar de autistas e a legislação que trata do tema. A pesquisa de campo foi realizada in loco nas escolas municipais da cidade de Guarabira que têm alunos autistas matriculados. A população alvo da pesquisa são os professores e os acompanhantes da rede municipal de ensino de Guarabira que tenham alunos autistas matriculados em sua sala de aula. Para coleta de dados, foi feita uma entrevista com a Coordenadora de Educação Inclusiva da Secretaria de Educação de Guarabira, Verônica dos Santos Carvalho, e um questionário aberto composto por 8 perguntas dirigido aos professores e acompanhantes de alunos autistas para verificar suas perspectivas em relação a inclusão escolar de autistas. Por fim, ao analisarmos os dados obtidos na pesquisa, chegamos à conclusão que o direito a inclusão dos alunos autistas é parcialmente garantido, pois observamos que o direito a matrícula está resguardado, contudo, a permanência e a aprendizagem são desafios que ainda não foram alcançados pelas escolas municipais de Guarabira. Os resultados obtidos demostram que é necessário um processo de conscientização de todos os sujeitos envolvidos no processo de inclusão escolar dos alunos autistas, além da capacitação adequada para professores e acompanhantes.