Diante de um cenário educacional diverso, complexo e de relações culturais hibridas, torna-se oportuna a discussão em torno do currículo multiculturais, pensado a partir das questões étnico-raciais. Neste sentido, indagamos como podemos perceber a construção curricular nos cursos de licenciaturas das universidades públicas de Campina Grande sobre a perspectiva étnico-racial? A partir da questão norteadora, apresentamos o seguinte objetivo, analisar como a temática étnico-racial é trabalhada na formação inicial docente, no contexto dos cursos de licenciaturas da área de ciências humanas, das universidades públicas de Campina Grande/PB. A abordagem metodológica proposta neste artigo, configura-se em andamento e apresenta-se como qualitativa, com características em parte exploratória, bibliográfica, documental e no decorrer do processo será do tipo participante. Utilizaremos para esta proposta de artigo os seguintes estudos teóricos: Gatti (2013), Candau e Sacavino (2015), para discutirmos o currículo na formação inicial docente, Müller e Coelho (2013), Canen (2001) e Munanga (2013), para discutir as perspectivas étnico-raciais na educação e outros. Neste sentido, compreendemos a formação inicial docente como imprescindível, para o desenvolvimento de reflexões em torno das construções político-pedagógica em relação aos aspectos teórico/prático que abordam as questões educacionais na perspectiva étnico-raciais, vislumbrando à ressignificação da formação indenitária brasileira e o enfrentamento do quadro de desigualdades histórica que coloca a população negra em condições de desvantagem estrutural no campo do acesso a direitos fundamentais.