Esta pesquisa está em andamento através do Núcleo de Estudos e Pesquisas Professor Paulo Rosas (NEPE), da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (FACHO), através do incentivo à iniciação científica oferecido por esta instituição. Ao longo do estudo teremos como pergunta de pesquisa: qual o estado da arte, no campo da Psicologia e da Psicanálise, de produção cientifica nos últimos 04 anos sobre a transexualidade e infância? Baseando-se no problema, essa pesquisa buscará através do embasamento teórico da Psicologia e da Psicanálise, refletir sobre o tema, que se torna mais evidente na atualidade, entendendo que a subjetividade do sujeito não está presa ao corpo biológico e o direciona para caminhos que a sociedade tenta entender. Essa pesquisa surgiu a partir das inquietações das pesquisadoras que vêm observando o discurso social em relação às crianças com desacordo da identidade de gênero. Sendo necessário rever questões éticas, teóricas e práticas clínicas nos campos de estudo. Garantir a promoção em saúde dessas crianças é o primeiro passo para acolhê-las. A sociedade tenta problematizar ou normatizar os conflitos enfrentados por essas crianças, no entanto, parece ser algo a definir-se, devendo ser vivenciado com sutileza por todos os envolvidos, principalmente a família. Nosso objetivo geral é analisar a compreensão da Psicologia e da Psicanálise sobre os conflitos na infância de um desacordo da identidade sexual e tem-se como objetivos específicos: (1) estudar, a partir da Psicanálise, a construção da identidade sexual da criança “dita” transexual; (2) compreender o tema no campo da Psicologia e (3) revisar as intervenções de proposta de inclusão no meio escolar sobre a temática minimizando danos à criança. Essa pesquisa fará uma revisão bibliográfica e terá uma abordagem qualitativa com grupo focal de profissionais com vivência na problemática em debate, durante o curso de 12 meses, a partir de agosto de 2016 até julho de 2017. Ao final, pretende-se realizar uma sensibilização para a temática com professores do ensino fundamental, enfatizando a não existência de “culpa” para essa problemática e informando a necessidade de acolhimento desses jovens, além da necessidade de mudanças teóricas e práticas no campo da educação formal e informal.