O referente artigo trata-se de uma análise realizada sobre o filme “O pequeno príncipe”. A análise está pautada nas discussões levantadas por Dora Lilia Marín-Díaz ao debater acerca da morte da infância moderna ou a construção de uma quimera infantil. Discute-se também sobre as mudanças que ocorreram na infância nos três últimos séculos, por meio dos estudos de David Buckinghum. Tem-se como objetivo refletir sobre os processos de mudança nas concepções ligadas à infância, com o intuito posterior de propor sugestões de como torná-la socialmente mais inclusiva, a partir das concepções contemporâneas sobre ela. Ao analisar o filme, faz-se uma comparação ao cotidiano de muitas crianças, na atualidade. A criança com uma percepção de um adulto, em sua maioria, vaidoso, mecanizado, consumista e que atribui mais importância ao bem material do que as pessoas e seus sentimentos. Enquanto que para a criança um simples momento de afetividade é mais valorizado por ela. A concepção de infância é um resultado de que a todo momento deve estar preparando para ingressar no mundo adulto. Para uma determinada classe social privilegiada economicamente, o estudo científico desenfreado, enquanto que em outra classe, o trabalho assume o papel de apagamento da infância. Como resultado obtém-se que a criança deve ser entendida em sua essência e necessidades, e não ser um boneco de realização de desejo dos adultos. A infância deve ser uma fase de preparação para o futuro, mas não com exigências sociais de um adulto. O brincar por brincar é um direito da criança, não necessariamente deve estar ligado ou sendo cobrado algum tipo de conteúdo escolar. A brincadeira possibilita as interações pessoais e sociais e o desenvolvimento de um bom relacionamento com os demais, diminuindo as chances de construção do preconceito e outras formas de exclusão que se perpetua na vida adulta.