O ambiente escolar é, em sua essência, diverso. Inúmeros pensamentos, posturas, modos de ver, vivenciar e experimentar os saberes sistematizados; diferentes ritmos e formas de absorção dos conhecimentos. Em meio a esse espaço amplo e mútuo, é necessário garantir que o processo de ensino e aprendizagem seja significativo a todos os sujeitos, independente de sua condição cognitiva; é preciso efetuar uma educação inclusiva, ou seja, uma prática educacional que abarque todas as crianças, adolescentes e jovens, sem distinção, apoiando-as em suas demandas e necessidades educacionais. Diante dos apontamentos expostos, o presente trabalho visa, a partir de uma parceria que se firma entre universidade e a escola, por meio do estágio supervisionado em Geografia, a investigar de que forma a educação geográfica é inclusiva, diante da prática docente efetivada em sala de aula.
Os aportes teóricos que dão base às discussões são os conceitos educação geográfica, educação inclusiva e prática docente. O contexto real a partir do qual o trabalho ora se apresenta são os professores de apoio pedagógico e o professor de geografia da Escola Estadual Professor José de Freitas Nobre, localizada na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte. Metodologicamente, foram adotados os seguintes procedimentos: primeiramente, a observação do ambiente e das práticas escolares inclusivas desenvolvidas na escola citada; posteriormente, entrevistas com os profissionais de apoio pedagógico e com o professor de geografia. Como resultados, aponta-se que a educação geográfica inclusiva posta em prática nessa instituição de ensino não ocorre de maneira coerente ao que se compreende por educação inclusiva, existindo um discurso e uma prática divergentes entre os sujeitos observados/analisados.