Este estudo teve o objetivo de compreender como o trabalho vem sendo caracterizado pela existência de profissões estigmatizadas por relações de gênero, raça e idade. Trata-se de um empreendimento descritivo de cunho misto, isto é, quantitativo e qualitativo. Nesse âmbito, um grupo de sessenta estudantes de um curso superior tecnológico em gestão de recursos humanos (quarenta e dois (42) deles do sexo feminino e dezoito (18) deles do sexo masculino) foi inquirido, através de um fotoquestionário sobre os seus estereótipos em relação às profissões de diretor (a) executivo (a); professor (a); enfermeiro (a); gestor (a) de recursos humanos; engenheiro (a); mecânico (a); psicólogo (a) e analista de sistemas. Resultados preliminares, conquistados através de uma análise estatística, demonstraram a existência de estereótipos que reproduzem modelos anteriormente propostos pela literatura. Especificamente, foi constatada a existência de uma dicotomia entre profissões tipicamente femininas e profissões tipicamente masculinas. Às mulheres caberiam as tarefas que exigissem minúcia e delicadeza, enquanto aos homens as atividades que demandassem uma maior força física e a utilização do raciocínio lógico. Ainda que o estudo esteja em andamento, esses dados já outorgam a necessidade de uma formação tecnológica humanista. Considerando-se que os estereótipos estão na base do preconceito, urge que sejam trazidos à tona, através de um processo de reflexão. Pretende-se, dessa forma, que os resultados encontrados nesse estudo, ancorem o desenvolvimento de novas tecnologias de ensino, de modo que os atores possam dissolver essa dicotomia. Com efeito, o gerenciamento da diversidade nas suas futuras organizações dependerá necessariamente da dissolução desse tipo de estereótipos.