Este trabalho consiste em um relato de experiência acerca de um projeto desenvolvido em 2015 e tem como objetivo conhecer práticas de inclusão exitosas, refletindo sobre a disparidade existente entre o discurso da inclusão contido nas leis e normas que regem a inclusão de crianças deficientes na sala de aula regular e a verdadeira realidade vivenciada por professores e alunos envolvidos na educação e inclusão destas crianças. O trabalho foi realizado junto a uma turma de primeiro ano das séries iniciais do ensino fundamental, a qual era formada por vinte e uma crianças videntes e uma deficiente visual. Foram desenvolvidas sequências didáticas durante um mês, abordando questões relacionadas à diversidade e cultura onde, através da vivência de brincadeiras africanas e indígenas, a turma teve a oportunidade de conhecer e aperfeiçoar questões ligadas à identidade, aos valores e respeito ao outro, contribuindo para a inclusão de um deficiente visual. Para a realização deste estudo foi utilizado o método da Observação Participante, permitindo observar e constatar que apesar das lacunas existentes no âmbito dos recursos didáticos e na formação docente para o efetivo processo inclusivo, há profissionais e instituições de ensino comprometidas com a qualidade educacional e com a inclusão. Contudo, isto não isenta o poder público de efetivar as políticas direcionadas ao processo inclusivo na escola regular, devendo inclusive oferecer cursos de formação continuada para tal fim através do estabelecimento de parcerias com universidades.