As discussões em torno do brincar na infância, permeiam o cenário da pesquisa científica. O momento da brincadeira torna-se imprescindível para o desenvolvimento infantil nos aspectos motores, sociais, afetivos, culturais e familiares. Sua eficácia e relevância são relatadas em inúmeros trabalhos acadêmicos. Independente da idade, de qualquer comprometimento físico ou diferenças étnicas e culturais, as crianças, adolescentes, jovens e adultos, precisam brincar. O presente trabalho tem como objetivo principal analisar os espaços brincantes oferecidos às crianças em cidades da região caririzeira do Estado da Paraíba. A pesquisa se concretiza na análise de teorias que indicam a funcionalidade do brincar, independente das condições físicas, culturais e econômicas. Teorias que desmistificam a ideia de que a ludicidade esteja ligada, diretamente, ao contexto escolar, mas que faz parte da vivência do sujeito. Propõe uma análise de como destinar um lugar para que o brincar aconteça, um ambiente real que favoreça o desenvolvimento do sujeito na sua integralidade. Os resultados demonstram a escassez de espaços onde as crianças possam brincar de forma livre, orientada ou com a família. Os ambientes configurados como lugares de encontros são praças públicas. Sua fragilidade em atender o público infantil fica evidente quando sua própria estrutura impede a liberdade do brincar. As praças das cidades do Cariri apresentam-se com características de agrupamento de bares, restaurantes e barracas de lanche, encontros amorosos. A estrutura desses espaços compromete a participação das crianças nas atividades brincantes. Políticas públicas que viabilizem espaços brincantes é a opção que se oferece para o desenvolvimento livre das crianças.