O processo de escolarização da educação do campo na Amazônia, na perspectiva inclusiva, tem sido pouco estudado na esfera da academia. A realidade das escolas rurais do Acre apresenta características singulares, especialmente quando falamos em inclusão da pessoa com deficiência. Nesse processo, o NAPI (Núcleo de Apoio Pedagógico à Inclusão), setor da SEE – Secretaria Estadual de Educação do Estado do Acre, responsável pelo atendimento às escolas das redes estadual e municipal, zona rural e urbana, tem papel significativo na inclusão escolar dos alunos com deficiência. Assim, o presente estudo tem como objetivo principal compreender a educação do/no campo na perspectiva inclusiva, a partir do trabalho desenvolvido pelos orientadores pedagógicos do NAPI, nas ações de formação e assessoramento ao AEE nas escolas rurais de Cruzeiro do Sul/AC, a fim de provocar reflexões sobre a temática. Este estudo situa-se no âmbito das pesquisas educacionais e segue uma abordagem qualitativa, a partir de uma investigação de campo realizada nesse setor da SEE. É uma pesquisa em andamento, apresentando-se aqui a primeira etapa, destinada ao levantamento das ações de formação e assessoramento ofertado pelo NAPI aos professores do AEE, com a apresentação dos resultados neste artigo. A coleta desses dados se deu pela entrevista semiestruturada direcionada ao Coordenador do NAPI de Cruzeiro do Sul. Os dados foram organizados e analisados de forma descritiva, sendo interpretados mediante atribuição de significado ao pronunciamento dos sujeitos da pesquisa. A descrição feita aqui permite esboçar um perfil das ações realizadas pelo NAPI, fazendo uma apresentação prévia do contexto inclusivo da educação do/no campo. Esse primeiro olhar se faz importante pois possibilita a identificação dos elementos e da conjuntura em que essa modalidade de ensino acontece no espaço rural de Cruzeiro do Sul, dando subsídios para reflexão e discussão frente a temática.